Nélio Dias é enterrado no Rio Grande do Norte
Congresso em Foco
21/7/2007 | Atualizado às 20:22
A-A+
O corpo do deputado federal Nélio Dias (RN), presidente do PP, foi enterrado hoje (21) à tarde no Cemitério Morada da Paz, em Parnamirim, na região metropolitana de Natal.
.
O deputado faleceu ontem (sexta, dia 20), em São Paulo, em decorrência de um câncer no pulmão e no rim que tratava há seis anos. Na quinta-feira, Nélio teve morte cerebral – os aparelhos só foram desligados no dia seguinte.
O velório foi realizado no Palácio da Cultura (antiga sede go governo potiguar), em Natal. O ministro das relações institucionais, Walfrido dos Mares Guia, foi representar o presidente Lula.
LEIA TAMBÉM
Lula aceita desculpa de auxiliar por gesto obsceno
Apesar de ter ficado irritado com o gesto obsceno de seu assessor especial, o presidente Lula aceitou o seu pedido de desculpa. Por meio de seu chefe de gabinete, Gilberto Carvalho, Lula tranqüilizou Marco Aurélio Garcia, ao dizer que o fato foi explorado em demasia.
.
Para o presidente, o gesto de Marco Aurélio foi uma “infelicidade, um acidente de percurso”, e disse que coisas assim “sempre acontecem”. Apesar disso, como foi divulgado ontem (sexta, dia 20), a Comissão de Ética Pública do governo vai analisar o caso.
O assessor especial deve se justificar perante o conselho, oralmente ou por escrito. Mas a Comissão de Ética não tem poderes para punir Garcia.
Na última quinta-feira, a TV Globo flagrou Marco Aurélio Garcia e seu assessor, Bruno Gaspar, fazendo gestos obscenos enquanto assistiam, em uma sala do Palácio do Planalto, ao Jornal Nacional, que naquele dia exibiu reportagem que apontava como umas das prováveis causas da tragédia em Congonhas falhas na aeronave da TAM.
Marco Aurélio divulgou nota ontem se desculpando. Ele culpou a imprensa por “interpretar” seus gestos. O seu assessor, Bruno, também se manifestou. “Não somos monstros”, disse.
PF adia perícia em documentos de Renan
A perícia da Polícia Federal (PF) nos documentos apresentados pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que estava prevista para começar ontem (sexta, dia 20) foi mais uma vez adiada. Se não houver mais nenhum imprevisto, deve começar na próxima segunda-feira.
Renan Calheiros é julgado no Conselho de Ética do Senado por quebrar o decoro parlamentar. Ele é acusado de ter as despesas pessoais pagas por um lobista da empreiteira Mendes Júnior. Renan apresentou documentos para tentar provar que tinha recursos próprios para fazer os pagamentos. A perícia da PF vai apontar a autenticidade do que foi apresentado.
Os trabalhos foram adiados porque os peritos da polícia notaram a ausência de papéis considerados importantes para responder os 30 quesitos da perícia. O presidente do Senado prometeu enviar os documentos restantes, o que ainda não foi feito.
Renan Calheiros precisa comprovar a origem de R$ 1,9 milhão, que ele diz ter lucrado com venda de gado. È daí que ele diz ter saído parte do dinheiro que foi destinado à jornalista Mônica Veloso, com que tem uma filha.
A Polícia Federal fará uma análise contábil, analisando ainda os guias de transporte animal (GTAs), recibos de pagamentos e as declarações de renda do senador de 2003 a 2006. Há um mês, peritos realizaram uma perícia parcial – os documentos apresentados naquela ocasião foram insuficientes para comprovar as operações com gado. (Lucas Ferraz)
