Senado chama Mauro Vieira para explicar posição do Brasil sobre guerra entre Hamas e Israel

A Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado convocou o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, a comparecer em reunião extraordinária na próxima quarta-feira (18), às 13h. O chanceler cumpriu agenda nessa sexta-feira (13) no Conselho de Segurança das Nações Unidas, em Nova York, onde presidiu a reunião que discute a questão da abertura de corredores humanitários na Faixa de Gaza. A reunião terminou sem acordo. O presidente da comissão, senador Renan Calheiros (MDB-AL), confirmou a presença do ministro em suas redes sociais. No post, o senador apontou que o objetivo da reunião é debater a posição da diplomacia do Brasil no conflito entre Israel e o grupo Hamas, deflagrado no último sábado (7). "Oportunidade para esclarecer a posição brasileira no conflito do Oriente Médio e a repatriação dos brasileiros", escreveu Renan. 

Com o agravamento do conflito no Oriente Médio, estamos convocando uma reunião extraordinária da CRE do Senado na quarta (18), às 13h, para debater a posição da diplomacia do Brasil e a repatriação dos brasileiros nas áreas de conflito. A sessão será com o chanceler Mauro Vieira.

- Renan Calheiros (@renancalheiros) October 12, 2023

Em outra publicação, Renan parabenizou o governo Lula pelo sucesso na repatriação de brasileiros na região do conflito.

Entre os primeiros repatriados da área de guerra no Oriente Médio, 8 são de Alagoas e já estão seguros em solo brasileiro. Parabéns pela agilidade ao @LulaOficial, ao ministro da Defesa, José Múcio, e ao chanceler Mauro Vieira, que irá ao senado na próxima quarta (18).

- Renan Calheiros (@renancalheiros) October 13, 2023

A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CREDN) da Câmara dos Deputados, por sua vez, condenou os ataques do grupo Hamas, em nota assinada pelo presidente do colegiado, deputado Paulo Alexandre Barbosa (PSDB-SP). O documento reforçou que as consequências do conflito vão se alastrar para civis palestinos e israelenses.  "Lamentavelmente, as populações civis dos dois lados sofrerão as nefastas consequências pelo radicalismo e o extremismo, que tanto sangue já derramaram ao longo dessas décadas". Leia a íntegra da nota: "Esta Presidência condena, nos mais firmes termos, os covardes ataques realizados pelo grupo extremista Hamas contra Israel no último sábado, dia 7, que culminaram com o assassinato, a sangue frio, de bebês, crianças, mulheres e idosos, além de centenas de jovens, incluindo estrangeiros de várias nacionalidades, em pleno feriado judaico, o Shabat. Tem-se notícias, também, de sequestros em massa de civis israelenses, muitos tirados à força de dentro de suas casas. Além desses atos abjetos e vis, há relatos do uso da população civil palestina como escudos humanos, o que nos causa repulsa e indignação. Lamentavelmente, as populações civis dos dois lados sofrerão as nefastas consequências pelo radicalismo e o extremismo, que tanto sangue já derramaram ao longo dessas décadas. Nunca é demais recordar que o terrorismo é condenado em nossa constituição, em todas as suas formas, e não pode jamais ser minimamente tolerado ou relativizado. A comunidade internacional deve se unir em torno dos Acordos de paz de Oslo, firmados há exatos trinta anos, bem como das Resoluções da ONU, que estabelecem uma solução de dois estados, com base nas fronteiras de 1967, com a coexistência pacífica como condição fundamental para a estabilidade da região, como historicamente defende o brasil.  Prestamos a nossa total solidariedade ao povo e ao governo de Israel e à comunidade judaica brasileira. Também registramos as nossas mais sentidas condolências aos familiares e amigos dos quase dois mil mortos entre israelenses e palestinos." (NR: o número de mortos já passava de 3 mil até esta sexta-feira)