Fábio GóisO Senado escolheu uma sexta-feira (3), dia de movimentação mínima na Casa, para repor na galeria próxima ao plenário o registro histórico sobre o impeachment, em dezembro de 1992, do então presidente da República, Fernando Collor, hoje senador pelo PTB de Alagoas. Como este
site noticiou no último dia 30, a inauguração dos novos painéis do chamado ?túnel do tempo? (corredor que separa o plenário de alguns gabinetes) omitia a informação, o que levou o presidente José Sarney (PMDB-AP), que havia classificado o episódio como ?acidente?, gravar um vídeo na internet e determinar a adequação da galeria.
Leia mais:Novo ?túnel do tempo? omite impeachment de CollorGaleria destaca 'atividade legislativa', diz SenadoSenado recua e vai incluir impeachment em galeriaO texto (leia íntegra abaixo) sobre o impeachment foi posto em um painel que reúne deliberações importantes do Congresso, como a revisão do Código de Processo Civil (2002), a Lei da Adoção (2009) e o projeto que concedeu, em 1996, a concessão gratuita de medicamentos para os portadores do vírus da Aids (HIV). Logo abaixo, na ?linha do tempo?, um mero registro sobre o fato com a frase ?Impeachment de Collor? ao lado do ano de 1992.
A inscrição, fixada em adesivo transparente, foi posta por servidores da Casa pouco depois das 21h desta sexta-feira. No corredor vazio, apenas uma equipe de TV fazia as imagens do material, que não veio acompanhado de outro, de importância similar: o registro da primeira e única cassação de senador em 184 anos de instituição, que teve como protagonista o empresário Luiz Estevão, um dos homens mais ricos do país.
Leia o texto sobre o impeachment finalmente reposto na galeria:
?Impeachment de Collor
Em 1992, o presidente da República, Fernando Collor de Mello, é submetido a um processo de impeachment
conduzido pelo Congresso Nacional. Afastado, assume a Presidência o vice-presidente, Itamar Franco.?