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Congresso em Foco
11/11/2009 6:20
Eduardo Militão
Apontado como um dos autores do golpe contra o Programa de Assistência Pré-Escolar (PAE) da Câmara, o ex-servidor do gabinete de Sandro Mabel (PR-GO) Francisco José Feijão de Araújo, o Franzé, recebeu mais de R$ 27 mil da Casa com o programa. Dados do departamento de pessoal da Câmara mostram que ele registrou uma filha como matriculada em uma escola de educação infantil e recebeu os valores entre março de 2005 e agosto de 2009.
Documentos obtidos pelo Congresso em Foco exemplificam o tamanho da fraude, investigada pela Polícia Legislativa da Casa. Apenas seis acusados pela Polícia de participarem do esquema, incluídos Franzé e Márcia Flávia, receberam R$ 192 mil do PAE no período. Eles têm 14 filhos cadastrados no programa. Para os policiais, todos os valores foram recebidos de forma irregular.
Veja os reembolsos feitos a Franzé Feijão
Entretanto, segundo o site apurou, o valor total das fraudes supera R$ 1 milhão e envolve mais de 30 indiciados nos três inquéritos policiais abertos. Há a expectativa de que o número de indiciados chegue a cem pessoas.
Franzé Feijão não quis falar com o Congresso em Foco. Por meio de uma advogada que está deixando o caso, ele respondeu que prefere não se manifestar. Franzé não quis também informar quem serão seus novos advogados, e adiantou que eles também não seriam autorizados a falar em seu nome.
O ex-assessor de Mabel trabalha na Câmara pelo menos desde 2003, quando deixou o gabinete de Osmar Serraglio (PMDB-PR). Na Câmara, Franzé chegou a possuir o cargo de SP-23, com salário-base de R$ 2.100. Ao ser exonerado do gabinete do líder do PR na Casa, em 1º de setembro de 2009, ganhava R$ 1.500 como SP-20.
A reportagem procurou o deputado Sandro Mabel na tarde de terça-feira (10). Ele respondeu que foi ele quem pediu a investigação à Polícia Legislativa. Mabel disse que não se pronunciará sobre o caso porque acredita que isso poderia atrapalhar as investigações.
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