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Congresso em Foco
17/9/2008 | Atualizado às 16:40
A Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência do Congresso encerrou há pouco os depoimentos do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, general Jorge Felix, do diretor-geral da Polícia Federal (PF), Luiz Fernando Correa, e do diretor-geral afastado da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Paulo Lacerda. A comissão retomará os trabalhos às 17h para ouvir o ex-agente do Sistema Nacional de Inteligência (SNI) Francisco Ambrósio.
Para o presidente da comissão, senador Heráclito Fortes (DEM-PI), os depoimentos foram satisfatórios. Segundo o parlamentar, foi esclarecido que a participação da Abin na Operação Satiagraha da PF foi uma “colaboração institucional”. “Agora se sabe que não foi uma ação entre amigos. Foi uma colaboração institucional”, considerou.
Desde as 11h da manhã desta quarta-feira, os três depoentes participaram de reunião da comissão que busca esclarecer os abuso de grampos realizados ilegalmente em telefones de autoridades. Segundo Heráclito, o objetivo da comissão é verificar as contradições de informações dadas em relação ao episódio, e não investigar qual a origem dos grampos. “Nós não temos a missão de investigar”, disse.
Desestabilizar
No início da tarde de hoje, o diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Correa, disse que existe uma tentativa de desestabilizar a Polícia Federal e Abin. Segundo ele, não há qualquer divergência entre ele e o ex-diretor da agência, Paulo Lacerda.
“Tentam, a todo o momento, nos colocar em lados opostos. Mas somos sucessivamente conseqüências um do outro. Instituições que são divididas em grupos não angariam este prestígio [como a PF]”, declarou.
O diretor da Polícia Federal, no entanto, declarou em seu depoimento de hoje não saber do envolvimento de agentes da Abin na Operação Satiagraha. Ele afirma que a cúpula da polícia não foi comunicada. Enquanto isso, o diretor Lacerda disse que toda a parceira entre Polícia Federal e a Abin foi feita sob conhecimento da diretoria da agência.
Pela tarde, Correa citou ainda a prisão do diretor-executivo da PF, Romero Menezes, e reforçou que na instituição “o processo legal é cumprido” até mesmo quando as denúncias de corrupção envolvem um dos integrantes da polícia. "Enquanto não caracterizarem algo que agrida [nossas reputações] vamos suportando. A partir daí vamos tomar as medidas cabíveis. O profissionalismo não aceita essa ingerência política", disse Correa. (Renata Camargo)
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