Senado inicia a sessão após tumulto

A Mesa Diretora do Senado decidiu há pouco não adiar a sessão que votará o parecer do Conselho de Ética. O colegiado pede a cassação do mandato do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), acusado de ter despesas pessoais pagas por um lobista.

Um pouco antes, o vice-presidente do Senado, Tião Viana (PT-AC), cogitou adiar para as 14h30 o início da sessão, devido a uma liminar concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que garantiu a presença de 13 deputados na sessão secreta do Senado.

O petista quer que o STF “assegure a proteção do processo legal”, ou seja, impeça que os 13 deputados possam passar informações à imprensa durante a sessão. Tião afirma que durante a sessão não terá poderes punitivos para com os deputados. “Eles poderão levar gravadores e filmadoras”, argumenta.

Confusão

Antes do início da sessão, na entrada do plenário do Senado, jornalistas se espremiam para falar com os parlamentares. Um grupo de deputados tentou entrar no plenário do Senado e no empurra-empurra, o deputado Raul Jungmann (PPS-PE) acabou se desentendendo com um segurança da Casa e trocou socos com ele.

Segundo Jungmann, a deputada Luciana Genro (Psol-RS) levou um ponta-pé na perna, que provocou sangramento. Ele exige uma investigação do episódio. "Não é possível que um deputado não possa assistir a uma sessão do Senado", afirmou Jungamann revoltado.

"Nem na ditadura tivemos episódio como esse", argumentou. O parlamentar afirmou que foi autorizado pelo presidente em exercício para participar da sessão, mas os seguranças não permitiram. O deputado também afirmou que solicitará cópia das fitas que mostram a confusão e entrará com ação no Ministério Público.

Durante a confusão, o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) errou o alvo e acabou dando um soco no senador Tião Viana. “Já está tudo bem. Ele me deu um beijo”, disse Tião. (Rodolfo Torres)