Só na próxima quinta-feira (16) a Mesa Diretora do Senado decide se vai para o Conselho de Ética a denúncia envolvendo o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), e a cervejaria Schinchariol. Segundo a assessoria de Álvaro Dias (PSDB-PR), o encontro teve de ser adiado para Renan poder ser notificado no prazo exigido pelo regimento do Senado.
A reunião acontece às 11h de quinta-feira e será dirigida por Álvaro, que é 2º-vice-presidente da Casa. Na ocasião, o 1º-vice, Tião Viana (PT-AC), não estará em Brasília.
Uma representação do Psol baseada em reportagem da revista Veja denuncia que Renan patrocinou interesses da Schin em órgãos públicos depois que a empresa comprou, a valores acima do preço de mercado, uma fábrica de refrigerantes do irmão, deputado Olavo Calheiros (PMDB-AL).
Laranjas
Hoje, o senador Álvaro Dias disse crer que as representações contra Renan – inclusive uma denúncia de uso de laranjas – sejam todas encaminhadas ao Conselho de Ética. “Não resta alternativa. A decisão é de natureza formal”, afirmou o tucano.
Renan é acusado de usar laranjas para comprar rádios e um jornal em Alagoas. Hoje à noite, o Jornal Nacional divulgou reportagem em que o ex-deputado João Lyra (PTB-AL) confirma que o presidente do Senado foi seu sócio oculto nas empresas. “Ele pediu para que não aparecesse.” Lyra, que é acusado por Renan de ser um “derrotado rancoroso”, admitiu não ter como comprovar o que diz. “Para falar a verdade, não tenho documentação nenhuma.” (Eduardo Militão) Atualizada às 20h47