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Congresso em Foco
11/7/2007 10:54
Segundo o relatório anual de governança do Banco Mundial (Bird) divulgado ontem, o Brasil atingiu em 2006 o pior nível de corrupção em dez anos. O nível é mais baixo, inclusive, que o de 1996, quando o estudo foi feito pela primeira vez.
O índice, uma escala de 0 a 100 (o Brasil recebeu nota 47,1), "mede a extensão em que o poder público é usado para ganhos privados, incluindo pequenas e grandes formas de corrupção, assim como o ´seqüestro´ do Estado pelas elites e pelos interesses privados". O melhor resultado brasileiro foi alcançado em 2000, quando recebeu 59,1 pontos.
Para a realização do cálculo foram ouvidas 18 entidades. São avaliados seis quesitos: controle de corrupção; capacidade de ser ouvido e prestação de contas; eficiência administrativa; qualidade regulatória; estado de direito; e estabilidade política e ausência de violência.
Na categoria eficiência do governo, que leva em conta a qualidade dos serviços públicos, a independência do governo e a implementação de políticas, o Brasil recebeu 52,1 pontos. Apenas em 1996 o índice foi inferior a isso – 47,4. No quesito qualidade dos marcos regulatórios, recebeu 54,1 e na avaliação da confiabilidade da polícia e dos tribunais, 41,4. A estabilidade política e a representatividade do governo ficaram com 43,3 pontos.
Os números brasileiros são semelhantes aos de Argentina, El Salvador e Panamá. O Chile apresentou os melhores resultados da América Latina. "Na média, não há evidência de que a boa governança no mundo em geral melhorou de forma significativa na última década. É um retrato muito variado", afirma Daniel Kauffmann, um dos autores do estudo e diretor de Governança Global do Instituto do Banco Mundial.
"Nos últimos anos, o Brasil parece ter experimentado alguma deterioração em várias dimensões de governança", avaliou. Durante a entrevista coletiva de lançamento do relatório, Kauffmann estimou o custo da corrupção mundial em US$ 1 trilhão por ano. "O ônus da prática recai de maneira desproporcional sobre o bilhão de pessoas que vivem em extrema pobreza", completou. (Carol Ferrare)
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