Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
29/6/2007 9:07
Conforme antecipou o Congresso em Foco ontem (leia), o novo presidente do Conselho de Ética do Senado, Leomar Quintanilha (PMDB-TO) é investigado pelo STF por conta de acusações de que teria recebido propina em troca de emendas ao orçamento. Segundo as edições de hoje dos jornais O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo, o alvo do inquérito são três emendas, em um total de R$ 280 mil, apresentadas pelo senador em 1998.
A investigação começou após a Receita Federal apreender documentos na Construtora Talismã, que tem 98% de participação na empreiteira Mendes & Fachini. Entre os documentos, há um recibo assinado por Júlia Gomes de Sá que diz: "Recebi de Mendes e Fachini a importância de R$ 10 mil proveniente de acerto de comissão do senador Quintanilha, Dueré, banheiro, sendo dois cheques de R$ 5.000 [...]. Palmas, 9 de junho de 1998".
Quintanilha é autor da emenda 22720008, de R$ 200 mil, para a construção de 136 banheiros em Dueré, cidade de 4.000 habitantes a 236 km de Palmas, obra realizada pela Mendes & Fachini. Júlia, segundo a denúncia da Procuradoria da República em Tocantins, "realizou inúmeros saques na boca do caixa da Mendes & Fachini para pagamento de propina a funcionários públicos e outros".
Ainda de acordo com a Procuradoria, a obra foi superfaturada em R$ 35,4 mil. Na sede da Talismã, que controla a Mendes & Fachini, a Receita encontrou carimbos da Prefeitura de Dueré, da comissão de licitação e de outras empresas que participaram a concorrência pública para a construção dos banheiros. Isso pode indicar que a empresa tinha controle sobre a licitação.
As outras duas emendas do senador que despertaram suspeita destinavam-se a programas de habitação da Caixa Econômica Federal. Foram R$ 40 mil para 16 casas em Cariri do Tocantins e outros R$ 40 mil para oito em Figueirópolis. A Mendes & Fachini participou de ambas as licitações, mas a de Cariri foi vencida pela construtora Pouso Alto. A receita encontrou carimbos da Pouso Alto na Talismã.
A assessoria do senador Leomar Quintanilha afirma que as acusações são improcedentes e acusa a procuradoria de ter envolvido na investigação "100% dos políticos do Tocantins". Segundo o gabinete, o inquérito sobre o caso que corria na Justiça Federal já foi, inclusive, arquivado.
O senador afirma, ainda, que nunca foi intimado a prestar esclarecimentos no inquérito e que não sabe exatamente qual é a acusação que pesa contra ele. "Ele não está preocupado e nem tem que estar, porque não há nada contra ele", disse o assessor. (Carol Ferrare)
Temas
DEFESA DO CONSUMIDOR
Lula sanciona lei que cria novos direitos para clientes de bancos
RESOLUÇÃO DERRUBADA
Veja como cada deputado votou no projeto sobre aborto em crianças
PROTEÇÃO À INFÂNCIA
Governo critica projeto que suspende norma sobre aborto legal infantil