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Congresso em Foco
27/6/2007 | Atualizado às 9:19
"Precisamos resistir ao esquadrão da morte moral. Você precisa me ajudar", pediu o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) ao líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM). Em bilhete entregue ontem de manhã, durante sessão solene no plenário, Renan trata o colega de Senado como "Arthur" e continua: "Quem me conhece, sabe do meu comportamento. Para punir alguém, é preciso ter quebra de decoro e prova. Fora disso é imprensa opressiva".
O "esquadrão da morte moral", segundo definiu o próprio presidente do Senado, é o Psol, autor da representação contra Renan no Conselho de Ética. O termo faz referência a um grupo clandestino de policiais que agia como milícia durante a ditadura militar. A comparação irritou o deputado Chico Alencar (Psol-RJ): "O Esquadrão da Morte se caracterizou por agir ao arrepio da lei, de forma subterrânea, e seus integrantes enriqueceram ilicitamente. Desse modo, membros do esquadrão não somos nós. Ele é quem deve conhecer muitos".
Questionado pela imprensa sobre o pedido, Arthur Virgílio minimizou: "Acho que foi um desabafo". Apesar de ser amigo pessoal de Renan, Virgílio é um dos líderes que vêm cobrando do conselho a apuração mais severa das denúncias de que o peemedebista teria aceitado que o lobista Cláudio Gontijo, da empreiteira Mendes Júnior, pagasse a pensão de sua filha com a jornalista Mônica Veloso.
Na reunião em que o então relator do caso, senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA), apresentou parecer pelo arquivamento da representação contra Renan Calheiros, Virgílio foi o articulador da perícia dos documentos da defesa do senador e da coleta dos depoimentos do advogado de Mônica, Pedro Calmon Filho, e de Gontijo. O líder do PSDB foi, também, um dos signatários do voto em separado apresentado pela bancada tucana. (Carol Ferrare)
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