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24/5/2007 | Atualizado às 21:22

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Em nota divulgada hoje (23), o Comando da Aeronáutica admitiu a ocorrência de duas situações de perigo no ar este mês, mas garantiu que houve falha em apenas uma delas.

Apesar de citados durante os depoimentos colhidos pelas CPIs do Apagão Aéreo na Câmara e no Senado, os fatos ainda não haviam sido confirmados pela Força Aérea Brasileira (FAB), que dizia não haver registros das quase colisões no Cindacta I, de Brasília.

Hoje, porém, eles disseram que encontraram os registros em outros setores do Cindacta I.

A última situação de perigo aconteceu em 11 de maio, quando um Airbus (avião de grande porte) e um Sêneca (avião de pequeno porte) passaram um pelo outro a uma distância de 1.300 metros laterais e 200 metros de altitude.

Para ser considerada segura, a aproximação das duas aeronaves não poderia ultrapassar os 300 metros na vertical. O outro fato confirmado foi o da aproximação de uma aeronave comercial e um avião-laboratório da Força Aérea Brasileira (FAB) que realizava aferição em equipamentos do aeroporto.

Neste caso, porém, a aeronáutica garantiu que não houve risco de colisão, pois o avião da FAB estava mantendo contato visual com a outra aeronave. O relato contradiz o que havia informado o presidente da Associação Brasileira de Controladores de Tráfego Aéreo, primeiro-sargento Wellington Rodrigues, durante seu depoimento hoje na CPI do Apagão Aéreo no Senado.

Segundo o controlador de vôo, as aeronaves passaram a uma distância de 100 a 200 pés uma da outra, enquanto o recomendado é que haja pelo menos mil pés de distância entre elas. (Soraia Costa)

Veja a íntegra da nota do Comando da Aeronáutica:

"ESCLARECIMENTO À IMPRENSA

Na terça-feira (22/5), quando da menção de um suposto incidente de tráfego na área do Centro Brasília (ACC), envolvendo duas aeronaves de grande porte, o CINDACTA I realizou ampla verificação nos registros de ocorrências, não tendo encontrado nenhum caso como o descrito à CPI da Crise Aérea.

Para dirimir dúvidas a respeito dessa questão, o Diretor do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), Major-Brigadeiro-do-Ar Ramon Borges Cardoso, determinou uma verificação nas outras duas áreas de controle do CINDACTA I (controle de aproximação-APP e torre-TWR), tomando por base a aproximação de aeronaves de qualquer tipo, como explicado hoje à CPI.

Após a verificação solicitada, constataram-se duas ocorrências no APP-Brasília:

a) no dia 5 de maio, ocorreu uma aproximação entre uma aeronave comercial e um avião-laboratório da Força Aérea Brasileira (FAB) que realizava aferição em equipamentos do aeroporto e que estava em contato visual com o jato comercial, não representando qualquer perigo; e,

b) no dia 11 de maio, um Airbus (grande porte) e um Sêneca (pequeno porte) se aproximaram a uma distância de 1.300 metros na separação lateral e 200 metros na separação de altitude. Feita análise, constatou-se falha do controle em garantir a separação vertical prevista de 300 metros nesse setor.

Brig Ar ANTONIO CARLOS MORETTI BERMUDEZ

Chefe do CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA AERONÁUTICA"

Leia outras notícias publicadas hoje (24)

Demóstenes: "Houve falha humana em acidente da Gol"

Para o relator da CPI do Apagão Aéreo, senador Demóstenes Torres (DEM-GO), não restam dúvidas de que houve falha humana no caso do acidente entre o boeing da Gol e o jato Legacy, em setembro do ano passado.

Segundo ele, o depoimento do primeiro-sargento Wellington Andrade Rodrigues, presidente da Associação Brasileiro de Controladores de Tráfego Aéreo à CPI do Apagão Aéreo do Senado, só contribuiu para reforçar a conclusão.

"Não tenho dúvidas de que a falha é humana. Apesar das contradições, isso não tem como mascarar. Estou convencido de que houve falhas dos controladores e dos pilotos do Legacy, mas também não há dúvidas de que o sistema aéreo tem falhas", afirmou o senador.
Demóstenes ressaltou que uma das mudanças que precisarão acontecer é a melhoria salarial dos controladores. "Não sei se o melhor é o sistema civil, mas temos que aumentar os salários desses controladores".

Durante seu depoimento na CPI, o primeiro-sargento Wellington Rodrigues afirmou que um controlador em início de carreira ganha salário bruto de R$ 2.500 e que após 20 anos de carreira, ele ganha R$ 3.500.

"Muitos controladores fazem bicos, conheço alguns que são taxistas, outros dentistas, no meu caso, tenho minha esposa que me ajuda com as despesas", disse.

Agora os senadores estão ouvindo o presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Proteção ao Vôo, Jorge Carlos Botelho.

O depoimento mais aguardado para a sessão de hoje era o do terceiro-sargento Roberto Freire, que estava trabalhando no controle aéreo de Manaus no dia do acidente que vitimou 154 pessoas.

A oitiva, no entanto,  foi adiada para a próxima semana, pois Roberto Freire optou por falar junatmente com um controlador de Brasília e o requerimento para que este controlador fosse chamado, só foi aprovado há pouco. (Soraia Costa)

Clima esquenta em CPI do Apagão Aéreo no Senado

Insatisfeito com as explicações dadas pelo primeiro-sargento Wellington Andrade Rodrigues, controlador de vôo e presidente da Associação Brasileira de Tráfego Aéreo, durante seu depoimento na CPI do Apagão Aéreo no Senado, o senador Welignton Salgado (PMDB-MG) deixou a cordialidade de lado.

Ao tentar explicar o que aconteceu no dia do acidente entre o vôo 1907 da Gol e o jato Legacy, o primeiro-sargente negou que tivesse havido falha humana por parte dos controladores. "Os controladores perderam o contato visual com o Legacy, mas a aeronave continuava sendo identificada pelo sistema, que dizia que o Legacy estava a 36 mil pés. Então não havia dúvidas quanto à rota da aeronave", disse.

Em resposta, o senador Wellington Salgado citou o código usado pelos controladores que diz que uma aeronave não identificada tem que ser considerada hostil. "Com o transponder desligado tem que usar o princípio da lateralidade, a aeronave passa a ser hostil e tem que mandar todas as outras sairem de perto. Isso não foi feito. O boeing da Gol não foi avisado", afirmou.

Wellignton Salgado lembrou que tem experiência com vôos e que pelo que sempre soube, qualquer aeronave precisa da autorização de Brasília para decolar ou mudar seu plano de vôo.

Mesmo diante da pressão feita pelo senador, o primeiro-sargento se manteve firme: "A aeronave não era hostil, apesar de não termos a visualizasção por radar ela estava identificada", garantiu.

Algum tempo e muitas respostas depois, o senador acabou pedindo desculpas ao primeiro-sargento por sua exaltação.

Problemas de controle

Em seu depoimento,  Wellington Rodrigues defendeu a desmilitarização do setor de controle do tráfego aéreo e disse que muito além dos baixos salários, há um problema estrutural ligado à hierarquia militar e que prejudica o trabalho de monitoração do espaço aéreo.

"As normas militares estão acima do controle aéreo. De maneira geral os chefes são inexperientes e quando começam a entender o funcionamento do trabalho, acabam sendo mandados para outros locais. Hoje o controlador vai trabalhar revoltado porque pensam que não são valorizados ou reconhecidos", disse.

O controlador também lembrou que no Brasil há apenas quatro centros de controle, enquanto em países quase do mesmo tamanho do nosso, como é o caso dos Estados Unidos há 23 centros.

Wellington Rodrigues também acrescentou que as reformas em pistas, como a que está sendo feita no Aeroporto de Congonhas (SP) aumenta os riscos de acidente, porque os aviões precisam ficar circulando até a autorização para pouso. "Os controladores vão fazendo verdadeiras prateleiras de aeronaves no céu".

Ele também garantiu que o o número de pistas nos principais aeroportos brasileiros é reduzido em relação ao fluxo a que atendem. Wellington reclamou, ainda, que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) está exagerando no número de concessões. "Se há oito vôos marcados para decolar ao mesmo tempo, obviamente alguns vão sair atrasados", disse. (Soraia Costa)

Número de controladores é insuficiente, diz brigadeiro

Em depoimento à CPI do Apagão Aéreo na Câmara, o diretor-geral do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Dcea), brigadeiro Ramón Borges Carneiro, disse que o número de operadores existentes no país não permite o funcionamento de todos os controles o tempo todo.

Segundo o brigadeiro, há 2.285 controladores de vôo em todo o Brasil. Esse número deve chegar a 2.524 neste ano. "O número de controladores não permite que tenhamos todos os controles operando em todas as posições", disse Carneiro.
Em 1986, afirmou o diretor do Dcea, o país tinha 1.901 operadores. De lá pra cá, no entanto, o aumento no quadro de controladores foi inferior ao crescimento registrado no tráfego aéreo, destacou o brigadeiro. (Edson Sardinha)

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