PT adia congresso e troca local de evento
Congresso em Foco
21/4/2007 | Atualizado 22/4/2007 às 8:08
A-A+
Dinheiro é mesmo um problema para os petistas. Para reduzir custos, o 3º Congresso Nacional do PT não será mais em Brasília, mas em São Paulo. O partido do presidente Lula ainda se desdobra para pagar dívidas da campanha de 2002. O Congresso também mudou de data. Ele foi adiado de julho para o final de agosto. Começará em 31 de agosto e terminará em 2 de setembro, anunciou o partido na manhã deste sábado (21).
“O problema é financeiro”, afirmou hoje ao Congresso em Foco o presidente do PT no Distrito Federal, o ex-deputado distrital Chico Vigilante. “Em Brasília tudo é muito mais caro, como os aluguéis de espaço”, esclareceu ele, ao comentar o elevado custo de vida da capital.
Vigilante destaca outra medida de contenção de custos: a redução do número de delegados, representantes dos diretórios estaduais no congresso. Antes, seriam 4.500. Agora, apenas 2.200. Na noite de ontem, o Diretório Nacional aprovou um novo calendário das fases municipal e estadual do congresso.
A pauta do evento petista é composta por três itens: O Brasil que queremos, O socialismo petista e PT: Concepção de partido e funcionamento. Leia o regulamento do Congresso.
Reunião
Desde ontem, o PT se reúne em Brasília para discutir a conjuntura política, a reforma política, o enfrentamento da CPI do Apagão Aéreo e a distribuição de cargos no governo Lula (leia). O encontro termina hoje.
O tesoureiro do PT, Paulo Ferreira, citou duas medidas para economizar dinheiro: cobrar contribuições atrasadas de 4 mil filiados inadimplentes e a mudar a sede nacional do partido de São Paulo para Brasília. Entretanto, o aluguel do novo local será mais caro: R$ 22 mil por mês.
Questionado sobre os valores, Vigilante disse hoje que a mudança já estava prevista. Afirmou que, por lei, todos os partidos devem ter sedes nacionais em Brasília. “Vamos fazer isso ao contrário do PMDB, DEM e PSDB, que usam a estrutura de salas do Congresso Nacional como sedes de partido. Isso é errado”, criticou o petista. (Eduardo Militão)
