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Congresso em Foco
25/3/2007 | Atualizado às 15:40
Um ano depois de apresentar denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF), o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, não tem dúvidas sobre a existência do mensalão. Depois de investigações mais aprofundadas, perícias e depoimentos, ele disse ao jornal Correio Braziliense ter novas provas para fortalecer a denúncia contra os 40 suspeitos e aponta a existência de "uma sofisticada organização criminosa" por trás do esquema de pagamento de mesada a parlamentares da base em troca de votos favoráveis a projetos de interesse do governo.
"Minha expectativa é que o Supremo acolha a denúncia e decida abrir ação penal. Hoje tenho condições de reforçar o que denunciei", afirmou. Na semana passada, o relator do caso no STF, ministro Joaquim Barbosa, informou que levará seu relatório ao plenário da Corte no final de junho. Só então o STF decidirá se há elementos suficientes para abrir processo criminal contra os acusados.
O procurador Antonio Fernando Souza não confirmou ao Correio se as provas mais recentes que diz ter fazem parte do novo inquérito aberto há duas semanas pelo STF também para apurar o mensalão. A investigação corre em segredo de Justiça e pode ter, além de mais provas, mais acusados. Caso considere que há elementos suficientes, o procurador-geral deverá apresentar ao Supremo ainda uma outra denúncia.
Nas acusações feitas há um ano, o Antonio Fernando concluiu que o esquema de pagamento de mesada a parlamentares era operado por uma organização criminosa comandada por membros do governo e do PT. Ele apontou o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu como "o chefe do organograma delituoso", e três ex-dirigentes petistas — José Genoino, Delúbio Soares e Silvio Pereira — como integrantes do "núcleo principal da quadrilha". Denunciou, também, parlamentares que se beneficiaram do esquema e empresários.
No texto que apresentou ao STF, o procurador destrincha a suposta organização criminosa responsável pelo esquema em três núcleos. O primeiro, que chama de político-partidário, é formado por Dirceu, Genoino, Delúbio e Silvio Pereira. Eles "pretendiam garantir a continuidade do projeto de poder do Partido dos Trabalhadores mediante a compra de suporte político de outros partidos e do financiamento futuro e pretérito das suas próprias campanhas" e eram, segundo Souza, responsáveis pelas diretrizes repassadas aos demais.
O segundo núcleo, denominado publicitário-financeiro, era encabeçado pelo empresário Marcos Valério. Ele comandaria o recebimento de vantagens indevidas de integrantes do governo federal. O núcleo financeiro é o último. Segundo Souza, é formado pela presidência e pela diretoria do Banco Rural. "Parceiro de longa data do núcleo publicitário-financeiro na prática de crimes, o Banco Rural também ingressou na organização criminosa em busca de vantagens indevidas de integrantes do governo federal". Um total de R$ 55 milhões em empréstimos de Valério no Rural e no BMG seriam, de acordo com a CPI dos Correios, a fonte do mensalão. (Carol Ferrare)
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