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Congresso em Foco
20/12/2006 14:56
O Ministério Público de Maringá (PR) instaurou inquérito civil público para investigar as acusações de negociação ilegal de passagens aéreas das cotas pessoais dos deputados federais Maurício Rabelo (PL-TO) e Milton Barbosa (PSC-BA) com a empresa Katar Turismo. Segundo o promotor estadual de Defesa do Patrimônio Público, José Aparecido Cruz, a agência atende diversos órgãos públicos do Paraná, como a Prefeitura e a Câmara de Maringá.
De acordo com matéria de Murilo Gatti e Walter Téle, do jornal O Diário do Norte do Paraná, as passagens da empresa Gol Transportes Aéreos eram adquiridas pelos parlamentares e revendidas pela agência Katar para os órgãos da cidade. "Desta forma, os bilhetes foram pagos duas vezes com recursos públicos, federais primeiro e municipais depois."
Segundo os repórteres, as passagens foram compradas na loja da Gol, no térreo do anexo 4 da Câmara, e pagas com créditos aéreos dados pela 3ª Secretaria da Casa. Barbosa e Rabelo têm o direito de gastar, por mês, cerca de R$ 11 mil, cada um. Se a verba não é utilizada, volta para os cofres da Câmara.
"Em dois casos investigados pela reportagem ficou comprovado que as passagens dos deputados foram revendidas em Maringá pela Katar Turismo e utilizadas por duas pessoas públicas, coincidentemente adversários políticos."
A reportagem apurou que, desconhecendo a procedência irregular dos bilhetes, o prefeito de Maringá, Silvio Barros (PP), e a vereadora Marly Martin Silva (PFL), utilizaram as passagens compradas na agência. Além desses, alguns secretários municipais também negociaram com a Katar.
Envolvidos
Procurado pelos repórteres do Diário, o propietário da Katar Turismo, Valdir Furlan Junior, alegou desconhecer a origem ilegal dos bilhetes. "Só compro passagens de operadoras e companhias aéreas", afirmou. A empresa aérea Gol preferiu não se manifestar oficialmente.
Os deputados Milton Barbosa e Maurício Rabelo não foram encontrados pela reportagem. A assessoria de Barbosa não quis comentar o assunto. Por sua vez, o filho e assessor de Rabelo, Galber Silveira Rabelo, afirmou ser o responsável pela emissão das passagens e negou a ilegalidade. "Passar para agência nunca passei. Já atendi pedidos de eleitores com a cota, mas para agência não", disse.
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