Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
6/12/2006 | Atualizado às 6:57
Os senadores José Sarney (PMDB-AP) e Heráclito Fortes (PFL-PI) conclamaram ontem (terça, 5) seus colegas a pressionar o presidente Lula a vetar um projeto de lei que acaba com a impenhorabilidade da casa própria e permite o confisco de até 40 por cento dos salários em caso de dívidas, sejam elas quais forem. O texto, aprovado semana passada pelo Senado, só aguarda a sanção do presidente Lula para virar lei.
De acordo com a proposta, apresentada pelo próprio governo, o credor poderá executar a penhora ou confiscar parte dos salários apenas quando a casa própria tiver valor acima de 1.000 salários mínimos, hoje R$ 350 mil, ou quando o devedor tiver rendimento mensal superior a 20 mínimos, atualmente R$ 7 mil.
A casa própria é considerada impenhorável desde 1990, e o salário não pode ser retido há 33 anos. "Nós votamos algo aqui nesta Casa para o que eu acho que ninguém atentou. Eu mesmo confesso que fui surpreendido. É uma aberração o que o Senado aprovou", protestou Sarney.
"Faço um apelo aqui, estamos pedindo, exigindo mesmo, porque não pode, senhor presidente (Renan Calheiros), nenhum de nós aqui pode deixar, nem o presidente (Lula), que isso prevaleça numa lei que representa a conquista de tantos anos", afirmou o ex-presidente na sessão de ontem.
Heráclito foi mais longe, defendendo que o Plenário suspenda as votações que o presidente se manifeste sobre o assunto. O senador criticou os líderes governistas "que não têm responsabilidade, não têm dever, nem sequer companheirismo, não se dão sequer ao trabalho de esclarecer fatos dessa natureza".
Temas
TENTATIVA DE GOLPE
STF começa a julgar recurso de Bolsonaro contra pena de 27 anos