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Congresso em Foco
25/11/2006 6:26
O deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), sub-relator da CPI dos Sanguessugas, quer que a líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), se afaste da comissão. Na avaliação do deputado, a situação da senadora ficou "delicada" após a confirmação de que ela se reuniu com Oswaldo Bargas e Expedito Veloso, acusados de negociarem o dossiê Vedoin.
O encontro ocorreu em 4 de setembro no gabinete do senador Aloizio Mercadante (PT-SP) e foi confirmado pelo próprio petista, em depoimento à Polícia Federal. "O ideal é que ela se afaste das investigações. Como uma pessoa pode investigar uma coisa da qual participou. Além disso, não informou isso aos demais membros da CPI", disse Gabeira.
Em resposta a uma pergunta de Ideli, em seu depoimento à comissão na última quarta-feira, Veloso disse que tentou adquirir o dossiê porque tinha informações de que a família Vedoin teria quitado dívidas da campanha de José Serra (PSDB), em 2002.
Em nenhum momento durante os depoimentos a reunião com os dois foi lembrada. De acordo com Mercadante, na reunião, Veloso e Bargas disseram que queriam orientá-lo sobre como tornar pública a suspeita de envolvimento dos tucanos com os sanguessugas. O petista disse que recusou a proposta.
A senadora admite que participou do encontro com os "petistas aloprados", como foram chamados pelo presidente Lula os envolvidos no escândalo. Mas alega que, assim como Mercadante, recusou fazer uso das informações que Veloso e Bargas afirmavam ter.
Os dois senadores negam que os petistas tenham dito, na ocasião, que negociavam a aquisição de um dossiê com Vedoin. "Em um processo de investigação como é o caso das CPIs, é rotineiro a gente receber esse tipo de contato", disse Ideli. Sobre a proposta de Gabeira, afirmou que "só pode ser brincadeira".
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