Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
19/11/2006 | Atualizado 20/11/2006 às 6:52
Foi criada oficialmente ontem (domingo, 19) a Mobilização Democrática (MD), partido que nasce da fusão do PPS com o PMN e o PHS. A união dos partidos, aprovada em congresso conjunto das três legendas em Brasília, foi referendada por mais de 400 delegados das siglas. "Já somos um partido único", comemorou o agora presidente da MD, deputado Roberto Freire.
Aberta ao diálogo com o governo federal, porém longe de render-lhe apoio, "porque ele não mudou nada", a nova legenda defende reformas institucionais; desenvolvimento econômico sustentável com justiça social, sem o assistencialismo que não abre perspectivas para o fim da pobreza; e mais investimentos na infra-estrutura, em educação, ciência e tecnologia, entre outras propostas.
A MD, garante Freire, terá práticas de esquerda. O deputado comparou a nova legenda ao Partido Democrático de Esquerda, denominação atual do antigo Partido Comunista Italiano, que classificou de "uma boa experiência no mundo". Cético quanto a mudança no segundo governo Lula, Freire lamenta que os aliados que o presidente busca não tenham mudado seu DNA. "Assim como Lula não mudou". O deputado adverte, no entanto, que a sociedade brasileira está cansada de escândalos e que lhe deu "a vitória na esperança de que ele mude".
O novo partido, que terá o número 33, contará com 27 deputados federais (22 eleitos pelo PPS, três pelo PMN e dois pelo PHS), tornando-se assim a sexta bancada da Câmara. Terá ainda um senador, um governador (Ivo Cassol, de Rondônia, já que o matogrossense Blairo Maggi, reeleito pelo PPS, se desentendeu com o partido por apoiar Lula no segundo turno), três vice-governadores (TO e MA, pelo PPS, e AM pelo PMN), 81 deputados estaduais (42 eleitos pelo PPS, 32 pelo PMN e sete pelo PHS), 367 prefeitos (307 do PPS, 31 do PMN, e 29 do PHS), além de quase 4 mil vereadores.
Tempo na TV
Após oficializada a fusão entre PPS, PMN e PHS pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a Mobilização Democrática (MD) terá o mesmo tempo de televisão das grandes legendas do país, como PT, PMDB, PSDB e PFL. Serão 20 minutos semestrais de veiculação partidária mais 40 minutos de inserções nos intervalos comerciais das redes de televisão. Também terá o mesmo tempo para a propaganda partidária estadual.
Outra vantagem, segundo a assessoria do novo partido, é o tempo garantido para o horário eleitoral. Segundo estimativas da direção nacional do PPS, o novo partido (considerando seus 27 deputados federais) já largará com 1 minuto e 22 segundos, que será acrescido do tempo resultante da divisão entre as legendas que disputarão um pleito. Ou seja, quanto maior a coligação mais minutos de TV e, quanto menos partidos disputarem, por exemplo, um cargo majoritário, maior espaço terá a Mobilização Democrática no horário eleitoral.
A fusão entre as três legendas também garante a representação partidária em todos os legislativos estaduais do país. Nas câmara de vereadores, nas assembléia legislativas e no Congresso, a Mobilização Democrática terá direito a liderança partidária, incluindo estrutura administrativa e assessores, e poderá participar das mesas diretoras dos órgãos legislativos, o que é vedado aos partidos que não atingem a cláusula de barreira (5% dos votos nacionais para deputado federal e pelo menos 2% em no mínimo nove estados).
Manifesto e programa
O manifesto do novo partido prega a construção de "uma sociedade mais democrática, republicana e de oportunidades iguais para todos".
Clique aqui para conhecer a íntegra do manifesto e do programa da MD.
Temas
MANOBRA NA CÂMARA
Eduardo Bolsonaro é indicado a líder da Minoria para evitar cassação
VIOLÊNCIA DE GÊNERO
Filha de Edson Fachin é alvo de hostilidade na UFPR, onde é diretora
IMUNIDADE PARLAMENTAR
Entenda o que muda com a PEC da Blindagem, aprovada pela Câmara