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Congresso em Foco
8/11/2006 18:23
Em seus depoimentos hoje à CPI dos Sanguessugas, os ex-ministros da Saúde Humberto Costa e Saraiva Felipe tentaram isolar o Executivo do esquema de compra de ambulâncias superfaturadas. Ambos defenderam que a fraude foi montada diretamente nos municípios, com a participação das prefeituras e não do ministério.
"O ministério descentraliza os pagamentos, com as emendas. O esquema é de fora para dentro. Se tentou implantar pessoas no ministério, mas nenhuma das atividades deles se provou que teve êxito", afirmou Saraiva hoje, após falar à CPI. O discurso foi repetido ontem também pelo ex-ministro Barjas Negri, que ocupou a pasta no fim do governo Fernando Henrique Cardoso.
O vice-presidente da comissão, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), disse desconfiar dessa tese. Ele afirmou que um esquema como o das sanguessugas, com a participação de diversas prefeituras e a movimentação de R$ 110 milhões, certamente teria a participação de pessoas do ministério.
"Não estou dizendo que eles estão mentindo, mas não faz sentido, não faz parte do senso comum pensar isso. Eles podem não estar envolvidos, mas dizer que não tinha participação do ministério é conversa para boi dormir", disse o parlamentar.
Camaradagem
Pouco antes do fim do depoimento, o relator da CPI, senador Amir Lando (PMDB-RO), disse estar convencido de que o ex-ministro - e seu correligionário - não tem ligação com o esquema. "Não verifiquei qualquer afirmação que implicasse a responsabilidade do ministro", afirmou.
Lando ressaltou que a presença de Saraiva foi produtiva porque ele trouxe sugestões para o combate à corrupção no governo e, por fim, pediu que o ex-ministro encaminhe por escrito, à CPI, uma série de sugestões para coibir irregularidades no setor público.
"Eu não tenho o mesmo juízo do relator, mas prefiro não tecer julgamento antecipadamente. Eu acho que é preciso esperar o fim das investigações para se afirmar qualquer conclusão", discordou Jungmann. (Diego Moraes)
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