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Congresso em Foco
27/10/2006 | Atualizado às 20:02
A Polícia Federal pediu a prisão temporária de Luiz Armando Silvestre Ramos por falso testemunho. Apresentando-se com o nome falso de Agnaldo Henrique Lima, ele disse em ontem, em depoimento aos agentes em Pouso Alegre (MG), que teria sido usado como laranja para repassar R$ 250 mil a Hamilton Lacerda, acusado de envolvimento na tentativa de compra do dossiê contra tucanos. A testemunha, segundo a PF, já tem passagem na polícia por estelionato.
Além do depoimento, a falsa testemunha deu uma entrevista a jornalistas da região e sustentou a mesma versão. A conversa foi gravada em um vídeo, exibido ontem por vários telejornais. Armando foi apresentado aos repórteres por Rosely Souza Pantaleão, secretária-executiva do PSDB em Pouso Alegre (MG).
Hoje os policiais descobriram que a história não passava de uma farsa. Armando disse no depoimento que seu chefe - a quem chamou de Luiz Armando Silvestre - havia pedido o número de sua conta para depositar R$ 80 mil em dinheiro e R$ 170 mil em cheque. Os recursos, segundo ele, foram sacados e repassados a Lacerda, em São Paulo. Os policiais foram ao banco e descobriram, entretanto, que os saques não ocorreram.
Rosely intermediou também o contato de Armando com a PF. Ela negou, porém, saber que a versão era fantasiosa. Os policiais investigam agora se houve tentativa de uso político do depoimento de Armando.
Desde que a versão caiu por terra, Armando não foi mais visto em Varginha (MG), onde mora. Por isso a PF pediu a prisão preventiva. Ele será indiciado por falso testemunho e falsidade ideológica e pode pegar até seis anos de prisão.
Leia mais: PF diz que depoimento é uma farsa
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