A três dias das eleições, no penúltimo dia de propaganda eleitoral gratuita de TV, o candidato à Presidência da República Geraldo Alckmin (PSDB) encerrou o programa rebatendo as constantes acusações do presidente Lula de que ele traria de volta a onda de privatizações do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Um narrador afirmava que o petista tinha "privatizado" a Amazônia ao assinar um acordo de exploração da região com empresas estrangeiras por 60 anos.
No resto do espaço eleitoral, Alckmin prometeu ampliar o Bolsa Família, contrariando as declarações dos adversários, que afirmavam que o tucano iria extinguir o programa de transferência de renda.
No programa, o candidato ainda ressaltou que o Bolsa Família não começou no governo Lula, e sim, na gestão de FHC, só que com outros nomes como Bolsa Escola e Vale Gás. "A única coisa que Lula fez foi mudar o nome", disse o tucano.
Investimentos na agricultura
Lula aproveitou os 10min de programa para mostrar avanços obtidos no setor de agricultura nesses últimos quatro anos. Segundo o petista, o plano Safra destinou R$ 50 milhões para o agronegócio. Além disso, Lula afirmou que houve melhoramentos na assistência técnica dessas regiões agrícolas e foi criada uma secretaria para cuidar da pasta.
O presidente ainda destacou que, enquanto o governo de FHC investiu R$ 2,4 bilhões no setor, o atual governo dedicou R$ 10 bilhões do orçamento na área.
Por fim, Lula ressaltou que, mesmo com o avanço alcançado, alguns setores da agricultura ainda "sofriam" como, por exemplo, o de produção de soja. "Nesses anos, os produtores de soja enfrentaram muitos problemas, dentre eles, a concorrência internacional. Mas já estamos empenhados em resolver a questão", disse.
O governador eleito do Mato Grosso, Blairo Maggi (PPS), durante o programa, declarou apoio ao presidente e afirmou que tinha certeza de "que as políticas para o setor serão consolidadas neste segundo mandato". (Renaro Cardozo)