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Acareação no Conselho é marcada por contradições

Congresso em Foco

12/9/2006 | Atualizado às 20:54

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Terminou sem conclusões a acareação realizada nesta terça-feira (12) entre os empresários Luiz Antonio Vedoin, Ivo Marcelo Spínola da Rosa e Paulo Roberto Ribeiro, genro da senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), no Conselho de Ética do Senado. Para o relator do processo contra a petista (denunciada no relatório parcial da CPI dos Sanguessugas), senador Paulo Octávio (PFL-DF), a audiência foi marcada por depoimentos contraditórios e não resultou em avanços nas investigações.

No encontro, Luiz Antonio, sócio da Planam, disse ter repassado dinheiro a Paulo Roberto em troca de emendas para a compra de ambulâncias. Entretanto, o empresário afirmou que em nenhum momento tratou de propina diretamente com a senadora. "Foi tratado com ele que seria colocada uma emenda. Ele se apresentou como genro da senadora", narrou o empresário.

Sobre o fato, Paulo Roberto apenas disse que além da atuação em campanhas nunca participou da vida política da senadora. Vedoin afirmou, contudo, ter encontrado com ele algumas vezes nos corredores do Congresso.

O genro da petista confirmou ter recebido cerca R$ 37,2 mil, em cheque, pela venda de equipamentos hospitalares à Planam. Luiz Antonio negou que tenha havido transação comercial e afirmou que ocorreu o pagamento de R$ 35 mil a "título de comissão". "Isso era dinheiro de propina, digo, de adiantamento", disse Vedoin.

O genro de Serys afirmou que não vende artigos hospitalares, mas que na época tinha alguns equipamentos no depósito da empresa. Ele disse ter oferecido o material numa festa em uma escola de Cuiabá onde estudavam os filhos dos dois, em agosto de 2003, onde também teria conhecido Luiz Antonio. O pagamento teria sido feito um mês depois, na sede da Planam.

O sócio da empresa de ambulâncias negou que tivesse conhecido Paulo Roberto nessa ocasião, já que o filho só foi matriculado na escola em 2004. De acordo com Vedoin, os dois realmente se conheceram em 2003, mas na própria Planam.  

Ivo Spinola, cunhado de Luiz Antonio, testemunhou a entrega do dinheiro, mas disse que o recurso não foi entregue em cheque. Ele afirmou que a quantia recebida foi maior do que os R$ 37,2 mil, mas não soube precisar quanto. Vedoin disse que entregou dois envelopes pardos com várias notas dentro, mas disse que não descarta ter havido também um cheque.

Ameaça

O genro de Serys ainda disse que foi ameaçado pelo pai de Luiz Antonio, Darci Vedoin, também sócio da Planam, durante uma licitação no município de Pontes Lacerda (MT). Segundo Paulo Roberto, o empresário se irritou ao saber que ele também estava na concorrência, em dezembro de 2004.

"Ele pediu que eu me retirasse da licitação e disse que aquela era deles. Eu perguntei: 'o senhor está me ameaçando?'. Ele me respondeu: 'pense o que quiser", contou.

Mas, quando perguntado se tinha certeza de que a voz da ligação era mesmo a de Darci, ele se contradisse. Primeiro afirmou que estava certo. Depois, disse que nunca havia conversado com ele. "Ele se identificou. Eu o conhecia de vista, mas eu acredito que tenha sido ele", ressaltou.

Luiz Antonio negou a acusação e disse que seu pai sequer tinha o telefone de Paulo Roberto. "Nunca vi meu pai ameaçar ninguém", disse. O empresário contou que ele era o responsável pelos contatos com o genro de Serys.

Verdades e mentiras

Ao ser questionado pelo senador Paulo Octávio se poderia provar a existência da transação comercial com os Vedoin, Paulo Roberto disse que um funcionário da empresa dele tinha presenciado. Porém, segundo ele, o empregado faleceu no ano passado. "Queria ter encontrado o anúncio da missa de sétimo dia dele para provar", ressaltou o genro da senadora.

Paulo Roberto ainda afirmou que funcionários da própria Planam tinham ido buscar a mercadoria. Mas ele não sabia onde estava o comprovante da entrega. 

Diante de tantas contradições, o senador Paulo Octávio ironizou o depoimento. "Precisaríamos de um detector de mentiras. Estamos em dois depoimentos contraditórios e alguém está mentindo", afirmou. O relator pediu a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônicos dos depoentes para esclarecer melhor as dúvidas. Além disso, o relator pretende ouvir funcionários do gabinete de Serys na próxima terça-feira (19). (Renaro Cardozo)

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