Operação da PF prende filho da governadora do RN
Congresso em Foco
13/6/2008 | Atualizado 14/6/2008 às 9:46
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A Polícia Federal (PF) prendeu na manhã desta sexta-feira (13) o filho da governadora do Rio Grande do Norte, Wilma de Faria (PSB), o assessor da Assembléia Legislativa Lauro Maia. O assessor estaria envolvido em desvios de verbas públicas feitas por meio de fraudes licitações em contratos de higienização hospitalar e locação de mão-de-obra.
Além de Maia, a PF cumpre na Operação Hígia outros 13 mandados de prisão e 42 mandados de busca e apreensão no Rio Grande do Norte e na Paraíba. Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Federal do Rio Grande do Norte. O pagamento das faturas mensais dos contratos ilicitamente celebrados eram de R$ 2,4 milhões ao mês, de acordo com os dados já divulgados pelos policiais federais. As fraudes foram estimadas em mais de R$ 36 milhões, desde 2005, quando começou a investigação da PF.
Segundo a assessoria de imprensa da PF, também foi constatada, durante a investigação, a prática de corrupção de agentes públicos e tráfico de influência em contratações emergenciais.
"A quadrilha promovia o desvio de verbas públicas por meio de contratos mantidos pelas empresas investigadas com o Poder Público. Os contratos eram celebrados e prorrogados mediante o pagamento de vantagens pecuniárias indevidas a servidores públicos, estando configurado também o tráfico de influência exercido por agentes políticos da região", diz comunicado da PF.
A operação ganhou o nome de Hígia, a deusa da saúde, limpeza e sanitariedade, setor no qual aconteceram as fraudes nos dois estados.
O Congresso em Foco procurou a assessoria de comunicação da governo, mas até o momento não há nenhum comunicado da governadora sobre o caso. Na Assembléia Legislativa os assessores não confirmam onde Lauro Maia trabalha, mas o site apurou que ele está lotado no gabinete de seu pai, Lavoisier Maia Sobrinho, ex-marido de Wilma de Faria. O gabinete do deputado se recusou a dar qualquer informação sobre o assessor e disse que o deputado não vai comentar o assunto. (Lúcio Lambranho)
