Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Socorro financeiro para a PUC-SP

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

Socorro financeiro para a PUC-SP

Congresso em Foco

21/11/2007 | Atualizado às 19:36

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

Lúcio Lambranho

A demora do Ministério da Previdência em julgar os 640 processos que pedem a cassação do certificado de filantrópica de 597 entidades tem favorecido importantes instituições de ensino do país. A Universidade Estácio de Sá e a Universidade Católica de Brasília (UCB), apontadas em reportagem publicada ontem (21) pelo Congresso em Foco, não são as únicas a se valerem de isenções fiscais embora sejam acusadas de terem cometido irregularidades.

Mantenedora da Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), a Fundação São Paulo (Fundasp) tem quatro processos à espera de julgamento no ministério. Dois deles estão na consultoria jurídica do MPS desde 2003. 

Além disso, ainda em março de 2005, o Ministério Público Federal em São Paulo ajuizou uma ação civil pública (leia a íntegra) pedindo o cancelamento do certificado da Fundasp.

O argumento do procurador autor da ação, Márcio Shusterschitz da Silva Araújo, tem com base uma representação dos auditores do INSS. Durante a fiscalização, os auditores verificaram que a instituição não atendia a alguns requisitos, como a aplicação de 20% de gratuidade na prestação de serviços.

Mesmo com a auditoria, o Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), responsável pela concessão do Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social (Cebas), renovou por mais três anos o certificado da mantenedora da PUC paulista.

Ainda em 2005, a Justiça Federal negou ao MPF o pedido de cancelamento do certificado de filantropia. Desde então, o procurador Márcio Shusterschitz aguarda decisão de recurso contra a sentença no Tribunal Regional Federal da 3ª Região.   

Empréstimo do BNDES

Como ainda mantém seu certificado de filantrópica, a Fundasp conseguiu, em março deste ano, um empréstimo de R$ 46 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Se o ministro da Previdência confirmasse, em decisão final, a anulação do ato do CNAS, a Fundasp não conseguiria o empréstimo no BNDES. Isso porque a Super Receita já poderia inscrever a instituição na dívida ativa da Previdência, o que impediria o empréstimo público.

Reestruturação de endividamento

De acordo com o BNDES, os recursos destinados à fundação paulista serão destinados à reestruturação do endividamento bancário. O empréstimo faz parte do Programa de Fortalecimento e Modernização das Entidades Filantrópicas do SUS. O valor repassado será usado no Hospital Santa Lucinda e na Divisão de Estudos e Reabilitação dos Distúrbios de Comunicação (Derdic), ambos mantidos pela Fundasp.

O BNDES, por meio de sua assessoria de comunicação, alega que o financiamento é exclusivo para entidades mantidas pela PUC-SP na área de saúde. Além disso, o banco estatal afirma que uma auditoria externa acompanha e garante que os R$ 46 milhões sejam aplicados apenas no Hospital Santa Lucinda e na Derdic.

Ainda segundo o BNDES, os dois centros hospitalares têm pessoa jurídica diferente da mantenedora da PUC-SP. Mas, de acordo com os registros do Ministério da Saúde (MS), a informação não procede, pelo menos no caso do Hospital Santa Lucinda, em Sorocaba (SP). Na página do MS (leia), no Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde, a personalidade jurídica do hospital é mesma da Fundação São Paulo.

O Congresso em Foco procurou a assessoria de imprensa da PUC-SP desde o último dia 14, mas não obteve retorno dos pedidos de entrevista. Segundo o comunicado do BNDES sobre o empréstimo, no início dos anos 1990, a Fundasp "passou a apresentar constantes déficits operacionais, tendo que recorrer a empréstimos em instituições financeiras para manter suas atividades". Em 2005, diz o texto, a fundação renegociou seu endividamento com 14 bancos credores.

Crise financeira

A PUC paulista acumulava, no ano passado, uma dívida de R$ 82 milhões com um rombo mensal nas suas contas de R$ 4 milhões. Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, em novembro de 2005, o vice-reitor, Flávio Mesquita Saraiva anunciava um programa de gestão para reduzir a zero o déficit financeiro.

Além do corte de 20% da folha de pagamento, Saraiva anunciava a redução justamente na filantropia, alvo da ação do MPF.Na época, a PUC-SP alegava doar 1.700 bolsas que, segundo o administrador, cobriam apenas metade do valor da anuidade escolar.

Para incluir essas bolsas na cota legal exigida para o certificado de filantropia, a gratuidade deveria ser de 100%. Além disso, os alunos contemplados deveriam ser comprovadamente carentes. O pagamento parcial, segundo a PUC, representavam até o ano passado um "rombo" de R$ 8 milhões em 2004. "Não podemos fazer filantropia com dinheiro de banco", disse o vice-reitor ao jornal paulista.

Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Temas

Reportagem

LEIA MAIS

Justiça

Damares é condenada a indenizar professora por vídeo postado em redes sociais

Senado

Governo deve perder controle de quatro comissões no Senado

LEI DA FICHA LIMPA

Bolsonaristas articulam mudança na Ficha Limpa para tornar Bolsonaro elegível

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

SUCESSÃO DE FRANCISCO

Conclave começa: conheça os 133 cardeais que podem virar papa

2

SENADO

Comissão aprova projeto que facilita recusa de contribuição sindical

3

CÂMARA DOS DEPUTADOS

Veja como cada deputado votou no projeto que aumenta vagas na Câmara

4

PLENÁRIO DA CÂMARA

Veja quais deputados votaram para suspender ação contra Ramagem

5

SUCESSOR DE FRANCISCO

Robert Francis Prevost, dos Estados Unidos, é o novo papa

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES