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Congresso em Foco
30/6/2007 | Atualizado às 8:54
Novas denúncias contra o senador Joaquim Roriz (PMDB-DF) publicadas hoje no jornal Correio Braziliense levantam suspeitas de que o senador teria usado a máquina pública para beneficiar um antigo aliado, o ex-deputado distrital Wigberto Tartuce (PMDB-DF), conhecido como Vigão, com a supervalorização de um lote.
Durante as investigações da Operação Aquarela, a mesma que gravou as conversas telefônicas entre Roriz e o ex-presidente do Banco de Brasília (BRB) Tarcísio Franklin de Moura, o Ministério Público e a Polícia Civil do Distrito Federal descobriram que Vigão havia comprado um terreno de 80 mil m² por R$ 15,2 milhões em agosto do ano passado e, na quinta-feira (21) o mesmo lote teria sido vendido por R$ 47,1 milhões.
A valorização de mais de 200% em um ano foi facilitada com a aprovação de uma lei proposta pelo Governo do DF, assinada pela então governadora Maria de Lourdes Abadia (PSDB-DF), vice de Roriz, e aprovada pela Câmara Legislativa no final do ano passado. A lei mudava a destinação do lote, adquirido de fundos de pensão de estatais do DF, que passou de centro de treinamento a área comercial, de acordo com o Correio.
A assessoria de Roriz alegou que quando da aprovação da lei Roriz já não estava mais à frente do governo do DF.
Apesar de ter deixado o cargo em março do ano passado para concorrer ao Senado e ter garantido que não participou das negoiações sobre esta lei, Roriz fazia reuniões permanentes com sua vice, Maria de Lourdes Abadia. Segundo um ex-assessor de Abadia, em declaração feita ao jornal Estado de S. Paulo, mesmo após deixar o cargo, era "Roriz quem dava as cartas".
Ligações perigosas
A empresa que comprou o terreno de Vigão, a Aldebran Investimentos Imobiliários, é de um dos sócios do dono da Gol, Nenê Constantino, a quem Roriz alegou ter pedido um empréstimo de R$ 300 mil para justificar uma conversa telefônica na qual discutiu o transporte e a distribuição de R$ 2 milhões (leia mais).
Além disso, de acordo com o Correio, Vigão também é sócio de Valter Egídio da Costa, acinionista da Dan-Herbert Participações imobiliárias, que, segundo o jornal, foi proprietária da fazenda Tabuleiro junto com a Agrícola Xingu. A fazenda teria sido vendida por Nenê Constantino e resultado no cheque de R$ 2,2 milhões descontado por Roriz no Banco de Brasília.
O primeiro suplente de Roriz, ex-deputado distrital Gim Argello (PTB-DF) também é acusado de intermediar o negócio da venda do terreno. Ele teria procurado Nenê Constantino para oferecer o lote. Gim admite que se encontrou com o dono da Gol, por se tratar de um amigo, mas nega que o assunto do terreno tenha sido tratado na conversa.
O advogado de Hegel Roberto Mohry, dono da Aldebran Investimentos Imobiliários, disse ao Correio Braziliense "que vai cancelar a venda do terreno se provarem que se trata de uma transação ilícita". (Soraia Costa)
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