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Congresso em Foco
12/6/2007 | Atualizado às 19:20
O ex-presidente da Câmara Severino Cavalcanti (PP-PE) visitou hoje (12) o Congresso Nacional, onde encontrou amigos e fez campanha para um dos candidatos do Conselho Político do Ministério Público, que será escolhido amanhã pelos deputados.
Bem-humorado, Severino conversava com parlamentares pelo plenário. “Estão dizendo que estou mais novo”, disse ele, que tem 76 anos. Severino Cavalcanti renunciou ao cargo de presidente da Câmara (e ao mandato parlamentar) em setembro de 2005, depois de ser acusado de receber um “mensalinho”, como ficou conhecida a propina para prorrogar a concessão de um restaurante da Casa.
Hoje (12) ele comentou sobre o episódio, que considerou já superado. “Para mim não houve nada. Já foi provado minha inocência”, afirmou. Segundo ele, o motivo de sua renúncia foi a pressão da imprensa e de parte dos parlamentares por ele ter arquivado pedidos de impedimento contra o presidente Lula.
Apesar de criticar a imprensa, Severino disse que, ao chegar à Câmara, posou para vários fotógrafos. “O maior alimento da imprensa sou eu”, declarou.
Vida que segue
Severino diz estar vivendo tranqüilamente em sua cidade, João Alfredo, no interior de Pernambuco. “Estou investindo na construção civil”, afirmou. O ex-deputado contou que vendeu parte de seus imóveis, adquirido em 1964, e que está construindo um “prédio de quatro andares, com 16 apartamentos, para vendê-los financiados pela Caixa Econômica Federal”.
Indagado se não teme negociar com empreiteiras, declarou ser um homem “incólume”. Depois, referindo-se aos presentes que parlamentares receberam da Gautama, empresa investigada pela Operação Navalha, Severino disse que, depois que deixou de ser deputado, parou de receber brindes.
Márcio Fortes
Sobre uma gravação que a Polícia Federal (PF) diz ter feito, que mostra pelo menos três conversas entre o ministro das Cidades, Márcio Fortes, e o lobista Sérgio Sá, da empresa Gautama, Severino descartou qualquer participação do ministro, seu afiliado político, no esquema. Fortes, inclusive, é citado em um relatório da PF sobre a Operação Navalha.
O lobista da Gautama teria sido levado ao Ministério das Cidades por meio do então presidente da legenda, Pedro Corrêa, para que a pasta liberasse verba à Gautama. “A culpa é do Pedro Corrêa, por ter levado ele lá. O Márcio não ia deixar de receber ninguém”, afirmou. (Lucas Ferraz)
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