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Documentos reforçam ligação entre Renan e Gontijo

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2/6/2007 | Atualizado 4/6/2007 às 6:53

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Reportagem da revista Veja diz que o lobista Cláudio Gontijo, da construtora Mendes Júnior, foi fiador do aluguel da casa e do apartamento que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), pagou para a jornalista Mônica Veloso entre 2004 e 2005.

A edição desta semana da revista reproduz os contratos de locação dos dois imóveis alugados pelo senador para Mônica e a filha que ele tem com a jornalista. Nos papéis, Gontijo aparece na condição de devedor solidário.

Segundo Veja, Mônica e a filha moraram numa casa do Lago Norte por um ano, de março de 2004 a março de 2005. O aluguel do imóvel foi pago em uma parcela única de R$ 40 mil. O contrato de locação do apartamento foi assinado em março de 2005. A taxa mensal de R$ 4 mil foi paga até novembro daquele ano. Mônica Veloso mora no imóvel até hoje, mas responde a uma ação de despejo por estar em dívida com o locador.

Renan Calheiros insiste que o dinheiro utilizado para quitar os débitos era seu. Entretanto, ao longo da última semana, o senador admitiu que não tinha como comprovar a origem do montante entregue à jornalista até 2005. Na quarta-feira, porém, ele entregou ao corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), documentos que, segundo ele, jogariam por terra a tese de que Gontijo teria custeado o aluguel e a pensão paga à filha.

Mas, de acordo com a revista Época que circula neste fim de semana, os documentos não esclarecem a origem dos recursos. A revista diz que, entre 2004 e 2005, o pagamento da pensão era feito em dinheiro vivo, sempre por volta do dia 5 de cada mês. O problema é que os extratos mostrariam que em apenas seis dos 21 meses analisados os saques foram feitos antes da data em Mônica costumava receber.

A Veja acrescenta que os advogados do senador teriam, inclusive, proposto à jornalista que participasse de uma farsa para tornar verossímeis as declarações de Renan sobre a origem do dinheiro. Os advogados teriam pedido a ela que assinasse um documento afirmando que Gontijo era apenas o intermediário da transação. Mônica recusou a proposta e mantém a versão de que era o lobista quem arcava com as despesas.

"Do ponto de vista estritamente legal, a existência dos contratos de aluguel, com a fiança do lobista da Mendes Júnior, enfraquece o cerne das explicações do senador. O responsável legal – e último – pelo pagamento do aluguel é o fiador. O lobista era, portanto, a garantia de que o pagamento seria honrado perante o locador, a imobiliária e a Justiça", sustenta Veja.

O repórter Policarpo Júnior questiona: "Por que o lobista aceitaria ser fiador de uma mulher que mal conhecia? Ele o fez a pedido do senador e, assim, tornou-se o responsável legal pelo aluguel de uma estranha. Mas será que efetivamente pagou os aluguéis? Na semana passada, por meio do seu advogado, a jornalista confirmou que suas despesas corriam por conta do lobista. Sabe-se que, no decorrer das negociações mais tensas entre Renan e Mônica no passado, o lobista sempre aparecia com propostas ousadas de conciliação, a ponto de ela se queixar disso ao senador e a seu advogado".

Segurança e flat

De acordo com a revista, em agosto de 2004, o carro de Mônica Veloso foi alvejado por um tiro. Gontijo, então, cuidou da contratação da empresa Artec para fazer a segurança dela e da criança, na época recém-nascida. Os seguranças, solicitados pelo senador, custavam cerca de R$ 2.800, relata a reportagem. Segundo Veja, era Gontijo quem pagava a despesa.

O diretor da Artec, Mauro Lacerda, nega. "O Claudinho não tem nada a ver com isso, nem sabia que ele era amigo dela", disse.

Além da locação da casa e do apartamento e da contratação dos seguranças, a revista traz evidências de que Renan vendeu a Cláudio Gontijo um flat no hotel Blue Tree, em Brasília. Em 2002, afirma a reportagem, o senador declarou à Justiça Eleitoral ser dono do flat 1014 no hotel. No cartório, entretanto, a informação disponível é de que a construtora vendeu o imóvel diretamente a Gontijo por R$ 183 mil. Portanto, diz a reportagem, o flat nunca esteve no nome de Renan.

"Aparentemente, não há irregularidade na transação. O negócio só mostra que a relação entre o senador e o lobista não se limitava a laços de amizade, mas chegava ao mundo das transações imobiliárias", diz o texto. (Carol Ferrare)

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