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Congresso em Foco
19/4/2007 | Atualizado 20/4/2007 às 5:24
Para a Polícia Federal, há “indícios e provas” do “pagamento rotineiro” de propina a políticos que atuariam num lobby para liberar a exploração de jogos no país. Segundo a Folha de S. Paulo, o inquérito sigiloso da Operação Hurricane (furacão), que prendeu 25 pessoas acusadas de envolvimento com a jogatina, diz que a Associação dos Bingos do Rio de Janeiro (Aberj) era a entidade que fazia contato com os políticos.
"A análise do material até agora produzido traz indícios e provas de que o grupo teria contribuído para a campanha eleitoral de alguns candidatos, bem como demonstrou que alguns integrantes mantêm contato direto com integrantes do Parlamento federal, inclusive de modo espúrio, indicando existência de pagamentos rotineiros a determinados agentes políticos", diz o documento policial.
Nas quase 4.000 páginas do inquérito, a Folha localizou os nomes de apenas dois deputados federais: Marina Maggessi (PPS-RJ) e Simão Sessim (PP-RJ). Ontem o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), acionou a Corregedoria da Casa para investigar a deputada.
A PF suspeita que Marina recebeu doação de campanha por meio de caixa dois do bicheiro Aílton Guimarães Jorge, o Capitão Guimarães. A deputada nega ter recebido dinheiro (leia mais).
De acordo com a PF, Sessim teria sido procurado pelo bicheiro Aniz Abrahão David para que trabalhasse na aprovação de um projeto pró-bingos. Aniz, que é primo do deputado, está entre os presos pela Operação Furacão.
"Os 'tios' [bicheiros e bingueiros do Rio] estão realizando gestões para aprovação do projeto. (...) Aniz Abrahão David está mantendo contatos com Simão Sessim e outros deputados com a finalidade de legalizar a atividade de exploração do jogo", diz parte do inquérito da PF.
"Com isso, os representantes [do suposto esquema] tentam a legalização da atividade através de gestões, lícitas e ilícitas, no Congresso Nacional, objetivando realizar modificações na legislação que permitam a exploração do jogo."
Simão Sessim disse à Folha que nunca foi procurado por Aniz para votar a favor de qualquer assunto relacionado ao jogo. "Ele [Aniz] nunca me pediu nada, em nenhum momento, durante toda a minha vida parlamentar". O deputado afirmou que votaria a favor do projeto pró-bingo. "Mas voto por minha vontade pessoal, como fiz em toda a minha carreira parlamentar".
A PF diz que o suposto envolvimento de políticos será mais explorado na chamada "fase ostensiva" da investigação, que se iniciaria agora. (Edson Sardinha)
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