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Congresso em Foco
30/1/2007 | Atualizado às 1:11
A Operação Sanguessuga foi deflagrada pela Polícia Federal no dia 4 de maio de 2006 e prendeu mais de 50 pessoas, entre elas ex-deputados federais e assessores parlamentares. Os detidos foram acusados pelos crimes de formação de quadrilha, fraude em licitações e corrupção ativa e passiva.
Segundo a denúncia, a chamada máfia das ambulâncias agia por meio do pagamento de propinas a deputados federais e senadores, para que os parlamentares alocassem recursos de suas emendas individuais para a compra de unidades móveis de saúde (ambulâncias).
O procedimento
Membros da quadrilha mantinham contatos com prefeitos e alegavam que poderiam facilitar a entrega de ambulâncias, livrando a prefeitura dos trâmites burocráticos. Em alguns casos um dos chefes da quadrilha, Darci Vedoin, sócio proprietário da Planam, recebia procurações dos prefeitos para representá-los no Ministério da Saúde.
No ministério, de acordo com a PF, a quadrilha contava com a participação da assessora Maria da Penha Lino, que facilitava a liberação de recursos dos convênios.
A Planam, que tinha como sócios Darci e seu filho, Luiz Antônio Vedoin – tidos como cabeças da quadrilha – era responsável pela montagem de ambulâncias superfaturadas. A atuação se dava em conjunto com a empresa de Ronildo Medeiros, a Frontal, que fornecia equipamentos para as unidades móveis de saúde.
A quadrilha ainda criou empresas fantasmas para maquiar licitações e sagrar a Planam e a Frontal vencedora nos contratos.
Desde
Com as investigações descobriu-se que a facção atuou nos estados do Acre, Amapá, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e no Distrito Federal. Com vendas de ambulâncias superfaturadas em cerca de 110%, estima-se que a quadrilha movimentou R$ 110 milhões desde 2001, entregando pelo menos mil ambulâncias.
As denúncias agitaram o poder político. Em 14 de julho, o Congresso criou a CPI dos Sanguessugas para investigar os parlamentares acusados de participar da máfia das ambulâncias.
Punição, só das urnas
Escândalo que envolveu o maior número de congressistas em todas as legislaturas, o caso dos sanguessugas resultou na abertura de processos de cassação contra 69 deputados e três senadores e foi encerrado no Congresso da maneira mais melancólica possível, sem nenhuma cassação. A punição, entretanto, veio das urnas: apenas cinco deles conseguiram se reeleger. Desgastados, muitos sequer se candidataram. Veja o destino de todos os parlamentares envolvidos com escândalos na atual legislatura.
Dois deputados renunciaram antes da abertura do processo para evitar a perda dos direitos políticos: Coriolano Sales (PFL-BA) e Marcelino Fraga (PMDB-ES). Apenas 15 foram julgados pelos Conselhos de Ética da Câmara e do Senado. Oito deputados e três senadores foram inocentados. Só quatro tiveram a cassação recomendada. Mas, com o fim da legislatura, seus processos serão arquivados, sem mesmo passar pelo Plenário.
Os deputados Wanderval Santos (PL-SP) e Pedro Henry (PP-MT) – um dos reeleitos – conseguiram escapar duas vezes da degola. Na primeira, foram inocentados pelo Plenário, que derrubou o parecer do Conselho de Ética que os ligava ao esquema do mensalão; em dezembro do ano passado, foram salvos pelo próprio colegiado, que os isentou de terem recebido propina da máfia das ambulâncias.
Os dois, no entanto, fazem
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