Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
22/11/2006 | Atualizado às 14:26
Expedito Veloso, ex-diretor de Gestão de Riscos do Banco do Brasil (BB) e um dos principais envolvidos no escândalo do dossiê contra os tucanos, ainda não conseguiu convencer, durante a primeira hora do seu depoimento na CPMI das Sanguessugas, que as negociações com a família Vedoin não envolveriam entrega de dinheiro em troca das informações que comprometeriam os candidatos do PSDB nas últimas eleições.
Veloso confirmou que no primeiro encontro com os Vedoin em Cuiabá (MT), no dia 4 de setembro, o pedido feito era de um repasse de R$ 20 milhões em troca das informações. Segundo Veloso, esse valor seria uma referência dada pelo empresário Abel Pereira que pretendia comprar o silêncio dos Vedoin. O depoente disse que nessa oportunidade foi dito que não haveria repasse financeiro.
Abel Pereira, de acordo com a versão do ex-diretor do Banco do Brasil, temia pela divulgação de uma série de documentos que comprovariam o pagamento feitos pela Klass, uma das empresas do grupo Planam, de restos a pagar da campanha presidencial de José Serra, do PSDB, em 2002. Abel Pereira, que deve ser ouvido amanhã (23) pela comissão, é acusado de ter ligações com o ex-ministro da Saúde e sucessor de Serra, Barjas Negri, e de facilitar a atuação dos Vedoin durante a gestão tucana.
Veloso descreveu que o documento analisado por eles eram os seguintes: 15 cheques e comprovantes de 20 transferências bancárias, que somavam em torno de R$ 900 mil. Os cheques totalizavam um pouco mais de R$ 600 mil. Todos os pagamentos teriam sido indicados por Abel Pereira, segundo Veloso.
"Como entender se a negociação avançou e uma parte disse que não ia pagar nada", questionou o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) ao se referir as outras três reuniões que culminaram com a entrevista dada pelos Vedoin à revista Istoé, no dia 14 de setembro.
Veloso também argumentou que esteve presente nas demais reuniões, pois poderia colocar a qualquer momento um plano B em prática. Esse plano era entregar para a comissão os dados dos cheques e transferência bancárias já anotadas por Veloso no primeiro encontro com os Vedoin. "Todas às vezes me falarem em plano B eu vou lembrar dos R$ 1,7 milhão", disse Gabeira ao contestar a versão de Veloso. (Lúcio Lambranho)
Temas
PEC da Blindagem
Silvye Alves pede desculpas por voto a favor da PEC da Blindagem
IMUNIDADE PARLAMENTAR
PEC da Blindagem
Em vídeo, Pedro Campos diz que errou ao apoiar PEC da Blindagem
PEC da blindagem
Artistas brasileiros se posicionam contra a PEC da Blindagem