Lula diz que manterá política econômica se for reeleito

Em entrevista à Rádio Gaúcha, de Porto Alegre, o presidente Lula afirmou que em um eventual segundo mandato manterá a mesma política econômica. "A política econômica vai continuar, com a busca incessante de todos nós em fazer com que o juro continue caindo, as exportações continuem aumentando, os empregos, crescendo, e sobretudo, o PIB crescendo", disse.

O candidato à reeleição pelo PT informou que o governo tem lutado para que a economia cresça de 5% para mais. Segundo Lula, a expansão da economia depende da dinâmica do mercado. Ele considerou "que as condições estão colocadas" para que isso ocorra.

Alianças

O presidente também admitiu que irá assumir pessoalmente a costura de alianças caso seja reeleito. "Em um possível segundo mandato, vou assumir mais diretamente a construção das alianças que o governo tem que fazer. Não só em função da base de sustentação, mas em função dos projetos que temos que construir. Quero conversar pessoalmente com o PMDB, com todos os partidos políticos e com os governadores," afirmou.

Segundo Lula, essas alianças políticas não seriam necessariamente para a participação de partidos e aliados em cargos no governo, mas em acordos sobre projetos. O candidato falou que está "plenamente realizado" com o papel gerencial da ministra Dilma Roussef, na Casa Civil.

"O Zé Dirceu era um homem político, a Dilma é uma mulher que tem a cabeça voltada para o gerenciamento das coisas do governo brasileiro. Então, ela produz muito mais porque tem um foco muito objetivo que é cuidar da administração, cuidar do gerenciamento e dos projetos o que facilita muito para o presidente da República".

Reforma política

Na entrevista, Lula ainda disse que considera a reforma política prioritária. "Espero que no próximo mandato, se assim acontecer, a primeira coisa que teremos que fazer no Brasil é uma reforma política". Ele reafirmou que não sabia da existência do chamado mensalão e só soube das denúncias pela mídia. O presidente atribuiu os problemas de corrupção a uma "estrutura de organização partidária que está apodrecida".