O presidente da CPI dos Sanguessugas, Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), anunciou nessa segunda-feira (24) que vai notificar mais 33 parlamentares acusados de participar da máfia das ambulâncias. Com isso, o número de parlamentares investigados pela comissão sobe para 90. Até a semana passada, a CPI já havia notificado 56 deputados e um senador.
Entre os novos notificados devem estar os senadores
Magno Malta (PL-ES) e Serys Slhessarenko (PT-MT). Os demais são deputados. Até agora, o único senador notificado pela CPI foi o líder do PMDB no senado, Ney Suassuna (PB).
Ontem, o relator da CPI, Amir Lando (PMDB-RO), disse que não iria notificar os parlamentares citados no depoimento do empresário Luiz Antonio Trevisan Vedoin, um dos sócios da Planam, empresa que seria a cabeça do esquema. Lando justificou que a comissão só iria avaliar num primeiro momento os casos com provas cabais. Houve uma reação de membros da CPI e ele acabou vencido.
O PMDB tem vários parlamentares acusados de fazerem parte do esquema que vendia equipamentos hospitalares e ambulâncias superfaturadas a diversas prefeituras do país, por meio da apresentação de emendas ao orçamento da União. Amir Lando é do PMDB e, possivelmente, está sofrendo pressões do partido para esfriar as investigações. O presidente do senado,
Renan Calheiros (PMDB-AL), foi contra a abertura da CPI dos Sanguessugas.