Integrantes da CPI dos Sanguessugas criticara os partidos que já anunciaram a intenção de expulsar os parlamentares citados na lista divulgada ontem de supostos envolvidos com a máfia das ambulâncias. A lista possui os nomes de 57 parlamentares: 56 deputados e um senador. Apesar da suspeita de envolvimento, não há provas contra nenhum dos citados.
"A preocupação que a CPI tomou, alguns partidos não tomaram. Algumas direções partidárias têm dito que possuem as informações necessárias para expulsar deputados. Mas não é verdade", disse Sampaio.
O deputado
Carlos Sampaio (PSDB-SP), sub-relator da CPI e membro da Executiva Nacional do PSDB, criticou o próprio partido, que foi um dos primeiros a anunciar que vai expulsar os envolvidos com a compra superfaturada de ambulâncias. O presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), divulgou nota ontem comunicando a decisão de expulsar os sanguessugas.
"Talvez tenha sido um sentimento normal de presidente de partido. Mas ele incorreu num equívoco", disse ele.
Depoimento de Vedoin pode ser necessário
O relator da CPI dos Sanguessugas, senador Amir Lando (PMDB-RO), disse que talvez seja necessário tomar o depoimento dos parlamentares citados na lista, além de assessores. Segundo ele, serão depoimentos técnicos, ou seja, sem holofotes.
"Não dá para fazer aquele escárnio de 48 horas que agride os direitos humanos. Na lógica das investigações, qualificar e adjetivar o depoente, não ajuda", disse ele se referindo às CPIs dos Correios e dos Bingos.