Parlamentares cooptados

Almir Moura (PFL-RJ)
Cabo Júlio (PMDB-MG)
Carlos Batata (PFL-PE)
Edna Macedo (PTB-SP)
Eduardo Gomes (PSDB-TO)
Eduardo Seabra (PTB-AP)
Elaine Costa (PTB-RJ)
Isaías Silvestre (PSB-MG)
Itamar Serpa (PSDB-RJ)
Jefferson Campos (PTB-SP)
João Batista (PP-SP)
João Magalhães (PMDB-MG)
João Mendes de Jesus (PSB-RJ)
Júnior Betão (PL-AC)
Maurício Rabelo (PL-TO)
Neuton Lima (PTB-SP)
Osmânio Pereira (PTB-MG)
Reinaldo Gripp (PL-RJ)
Reginaldo Germano (PP-BA)
Silas Câmara (PTB-AM)
Vanderlei Assis (PP-SP)
Vieira Reis (PRB-RJ)

O Congresso em Foco encaminhou e-mails para todos os deputados citados nesta matéria para ouvir a versão deles. Apenas o deputado Cabo Júlio (PMDB-RJ) respondeu. Confirmou dois depósitos da Planam, um em sua conta corrente funcional, de R$ 2.800,00, e o outro na conta de sua ex-esposa, de R$ 2 mil. Segundo o deputado, "essas duas citações de depósitos são absolutamente legais".

Cabo Júlio deu a seguinte explicação ao Congresso em Foco:

"O livro caixa da PLANAM constam dois depósitos. Um depósito de 2800,00 ( DOIS MIL E OITOCENTOS REAIS ) em minha conta-corrente funcional e outro de 2.000,00 ( dois mil reais ) na conta-corrente de minha ex-esposa. Essas duas citações de depósitos são absolutamente legais.

Vejamos:

1 - Em 2002, adquiri um ônibus usado, ano 1991, para o projeto assistencial de recuperação de drogados que criei, que a época era presidido pela Sra. Arlete.

2 - Que na época foi emitida uma duplicata no valor de 30 mil reais em meu desfavor por ter comprado o veículo (documento de posse do STF).

3 - Que o veículo, ainda na garantia, "bateu" o motor, tendo sido motivo de litígio por quase 90 dias para que a empresa custeasse a retífica do motor do veículo.

4 - Que depois de muita discussão, o veículo foi recuperado em uma empresa em Belo Horizonte, tendo sido acordado que a empresa vendedora faria o pagamento de 50% do conserto, em face de haver dúvida se o motor foi danificado por mau uso, uma vez tratar-se de um veículo com mais de 10 anos de uso e hidramático.

5 - Que os valores equivalem a 50% do valor do conserto.

VEJAMOS AS INCOERÊNCIAS:

Várias reportagens informam que a "máfia do sanguessuga desviou 110 MILHÕES DE REAIS". Se o desvio equivale a 10% dos recursos movimentados, logo o valor movimentado seria de 1 BILHÃO E 100 MILHÕES DE REAIS.

Como poderia estar envolvido em coisas ilícitas e receber 4.800,00 (quatro mil e oitocentos reais)? Seria tão inocente a ponto de participar de algo ilícito e receber qualquer tipo de recurso ilegal em minha própria conta corrente ou de minha esposa (à época)?

Atenciosamente,

Deputado Federal CABO Júlio"