Depois das acusações realizadas na última semana sobre de quem é a culpa pela onda de ataques do PCC em São Paulo, ocorrida entre 11 e 15 de julho, PT e PSDB decidiram reduzir o tom das críticas sobre o assunto, pelo menos até o início do horário eleitoral no dia 15 de agosto. Nos últimos dias, o senador Jorge Bornhausen (PFL-SC) e o candidato ao governo de São Paulo, José Serra (PSDB), acusaram o PT de estar por trás das ações do PCC no estado.
Os dois partidos perceberam que a troca de acusações está desgastando tanto o presidente Lula quanto o candidato tucano Geraldo Alckmin. O PT teria, inclusive, acenado com a possibilidade de acordo, desde que Alckmin controlasse o aliado PFL. O PSDB, no entanto, quer impor limites ao senador Aloizio Mercadante, candidato petista ao governo de São Paulo. Na definição de um tucano, o petista estaria "tentando apagar incêndio com gasolina" ao comentar a violência.
As duas legendas aguardam novas pesquisas eleitorais para decidirem como abordarão o tema durante o período de campanha. Se não acontecerem mais distúrbios em São Paulo, a idéia de ambos é apenas apresentar propostas na área de segurança.