Os senadores Heloísa Helena (Psol-AL), candidata à Presidência, e Arthur Virgílio (PSDB-AM), líder no Senado, choraram hoje, no plenário, ao lamentar a morte do ex-governador de Mato Grosso Dante de Oliveira (PSDB), de 54 anos.
Dante morreu ontem, por volta das 22h, em Cuiabá. De acordo com o boletim da equipe médica, o ex-governador sofreu infecção generalizada. "Foi uma perda de alguém da história. O Brasil perdeu uma figura histórica; eu perdi um amigo", afirmou Virgílio. Heloísa Helena, que preside a sessão, anunciou que Dante será homenageado pela Casa.
O ex-governador foi autor da emenda constitucional que estabeleceria eleições diretas e disputaria, neste ano, uma vaga na Câmara, mas suas pretensões eram de concorrer ao Senado. O líder dos tucanos no Senado se solidarizou com a família e, em especial, com a deputada Thelma de Oliveira (PSDB-MT), esposa de Dante.
Virgílio destacou a trajetória política de Dante de Oliveira - ambos chegaram ao parlamento na mesma legislatura, em 1982. O grupo do qual faziam parte era conhecido como o grupo dos "capuchinhos", em uma comparação aos freis da Ordem católica franciscana, pois todos usavam barba. Virgílio também lembrou que Dante foi deputado estadual, federal, prefeito de Cuiabá por duas vezes e governador do estado também por duas vezes, além de Ministro da Reforma e do Desenvolvimento Agrário, a partir de 1986, durante o governo Sarney.