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Dirceu não diz o que foi fazer na Bolívia

Congresso em Foco

7/7/2006 7:25

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Em nota divulgada ontem, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu disse ter desempenhado "atividades profissionais" na viagem que fez entre 23 e 24 de abril último a La Paz, na Bolívia, mas não explicou para quem trabalhava e qual o objetivo da viagem, segundo reportagem da Folha de S. Paulo. Dirceu revelou ter feito outras viagens "de caráter profissional" para os Estados Unidos e o México -também sem revelar os clientes.

Em matéria publicada ontem, o jornal contou que Dirceu manteve encontros, na Bolívia, com o presidente Evo Morales e com parlamentares da oposição para discutir a crise dos combustíveis. Dias depois, em 1º de maio, Morales decretaria a nacionalização do gás e do petróleo bolivianos.

Dirceu confirmou a viagem, mas negou o encontro com o presidente boliviano. A Folha fez cinco perguntas por escrito ao ex-ministro, mas não obteve resposta. O ex-ministro viajou num jatinho Citation 7 registrado em nome da siderúrgica MMX, de Eike Batista, que teve a construção de uma siderúrgica em Puerto Quijaro, perto da fronteira com o Brasil, barrada por Morales sob a acusação de desrespeito à legislação ambiental. A licença para a operação da siderúrgica foi recusada em março.

Segundo a Folha, Dirceu se reuniu no Rio com Batista há cerca de três meses. Após ter dito, anteontem, que o jatinho que transportou Dirceu estava "arrendado", a siderúrgica EBX, controladora da MMX, disse ser a responsável pelo avião. A exemplo de Dirceu, o empresário também não explicou se o ex-ministro é ou foi um contratado da siderúrgica. Pela manhã, a assessoria informou que o avião havia sido "emprestado", mas não especificou a quem. No final da tarde, a EBX disse que não se manifestaria mais sobre o assunto.

O jatinho, de prefixo PT-OVU, chegou a La Paz no dia 23 e retornou a São Paulo em 24 de abril. No dia 25, Eike Batista anunciou que seu grupo deixaria a Bolívia. Ele estimou um prejuízo de US$ 20 milhões. Ex-marido de Luma de Oliveira, construiu em 2002 uma termoelétrica no Ceará que ficou conhecida como "Termoluma". No governo Lula, a usina foi adquirida pela Petrobras por cerca de US$ 137 milhões.

Desde que deixou o governo, em 16 de junho de 2005, Dirceu atua como "consultor e advogado", por meio de uma empresa chamada "José Dirceu & Associados". A assessoria de Dirceu disse que a natureza de seu trabalho é "assunto privado".

Em São Paulo, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, negou que Dirceu tenha negociado com a Bolívia em nome do governo. "A relação com os bolivianos é feita por meio de canais diplomáticos, do Itamaraty, do Ministério das Minas e Energia e da Petrobras, no que se refere à questão do gás."
Leia abaixo a íntegra da nota enviada pelo ex-ministro da Casa Civil José Dirceu à Folha:

"Em relação à reportagem publicada pelo jornal Folha de S.Paulo, 'Dirceu encontrou Morales antes da crise do gás', tenho a esclarecer o seguinte:
1) Não é verdade, como afirma a reportagem, que, em viagem à Bolívia, me encontrei com o presidente Evo Morales, com o qual teria discutido questões relativas à nacionalização do gás boliviano.
2) Estive, de fato, na Bolívia, em abril, em decorrência de minhas atividades profissionais, como recentemente estive nos EUA e no México. Viagens de caráter profissional não podem ser avaliadas segundo o contexto político do momento dos países visitados. Jamais falei em nome do governo brasileiro ou de quem quer que seja.
3) Em minhas viagens, sempre me encontro com empresários, jornalistas, políticos de governo e da oposição e representantes de entidades não só em função de minha atividade profissional mas também das relações de amizade que desenvolvi ao longo dos anos, em função da atuação política."

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