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Congresso em Foco
25/6/2006 | Atualizado 26/6/2006 às 6:24
O PT oficializou no último sábado a campanha à reeleição do presidente Lula, que terá como vice José Alencar (PRB). A convenção do partido, realizada no Minas Tênis Clube de Brasília, reuniu cerca de quatro mil pessoas. Em seu primeiro discurso como candidato à reeleição, Lula comparou o desempenho do seu governo com o de Fernando Henrique Cardoso.
Em uma hora e meia de pronunciamento, Lula disse que enfrentou com "tranqüilidade" a crise do mensalão e que frustrou apenas os que esperavam mudanças rápidas ou os que "torciam para dar tudo errado". O presidente disse que se sente mais maduro e preparado para um eventual segundo mandado.
Lula leu o discurso em um teleprompter transparente em que o texto aparecia só para ele, o que dava ares de improviso ao pronunciamento. Os ministros, Tarso Genro, Dilma Roussef, o secretário Luiz Dulci e o próprio Lula preparam o discurso que foi lido ontem na convenção.
Em 49 minutos do seu discurso, o candidato do PT falou sobre os números da economia, sempre comparando com o governo anterior. "Enquanto no governo Fernando Henrique a relação da dívida externa líquida com o PIB aumentou de 17,4% para 35,9%, conosco ela diminuiu de 35,9% para 9,4%", disse.
Lula disse ter sido perseguido ao falar da crise do mensalão: "Os que ma atacaram injustamente e tentaram me destruir se esqueceram que em toda minha história eu convivi, da forma mais democrática possível, com a divergência". Mas disse que não quer "posar de vítima ou herói".
No lugar do discurso da esperança que pautou a campanha de 2002, Lula assume agora o lugar de "pai dos pobres". Disse que sua prioridade nunca foi alcançar apenas o superávit, "mas sim uma meta mais difícil que é alcançar o superávit social". O presidente defendeu o programa Bolsa-Família dizendo que o governo não dá esmola.
Vítima do atraso
O presidente chamou sete brasileiros comuns para subirem ao palco. Seguindo a coreografia ensaiada, um a um, eles passavam pelo palco, acenavam para a multidão sentavam na primeira fila, à frente de ministros, governadores e deputados. Havia o homem do campo que ganhou a ligação de luz elétrica, a jovem que recebeu uma bolsa de estudos, a mulher pobre que sustenta os filhos com o dinheiro do Bolsa-Família. No discurso previamente preparado, o presidente chamou a todos pelo nome, enquanto elogiava o governo. Em silêncio, eles sorriam para as câmeras.
Atacando setores da oposição, Lula disse que é vítima de preconceito e calúnias. "Hoje, as vozes do atraso estão de volta. E como não têm uma boa obra no passado e nem propostas para o futuro fazem da agressão e da calúnia suas principais armas", atacou o presidente.
No discurso, Lula prometeu colocar a educação como prioridade se for eleito novamente e fazer a reforma política já no primeiro ano. Disse que vai melhorar a qualidade dos gastos públicos e indicou que pensa em fazer uma nova reforma da Previdência Social.
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