Após acordo entre as lideranças da Câmara e do Senado, esta manhã, ficou decidido que a presidência da CPI dos Sanguessugas ficará com um deputado e a relatoria, com um senador. O requerimento de criação da comissão parlamentar foi lido esta manhã pelo presidente do Congresso, senador
Renan Calheiros (PMDB-AL). Ele deu prazo até terça-feira que vem (20) para os partidos indicarem os 34 integrantes da CPI.
Por terem as maiores bancadas, o PT e o PMDB devem dividir as duas principais vagas da comissão. Nos bastidores, os petistas trabalham para assumirem a relatoria.
Os parlamentarem terão 180 dias para concluir os trabalhos. O prazo é regimental. Um acordo, no entanto, definiu que as investigações serão concluídas em 30 dias, prorrogáveis por mais 30.
O líder do PT na Câmara, Henrique Fontana (RS), anunciou hoje que deve indicar até a próxima terça os integrantes da CPI dos Sanguessugas. Ele explicou que a decisão do partido é indicar parlamentares que tenham qualificação para contribuir para as investigações e evitar que a atuação na comissão funcione como plataforma para promoção pessoal.
O deputado assinalou que 80% da investigação sobre a compra superfaturada das ambulâncias já foi feita pelo Ministério Público e a Polícia Federal, e a expectativa é que a CPI possa atuar com correção, equilíbrio e profundidade, sem comprometer o trabalho já realizado até agora.
O líder do PT reafirmou que apóia a instalação da CPI, mas alerta que o trabalho da comissão será inevitavelmente prejudicado pelo período pré-eleitoral e as reuniões dificilmente obterão quórum.