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Deputado do PFL paulista ataca PSDB e Alckmin

Congresso em Foco

30/5/2006 | Atualizado às 18:52

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Em entrevista à Agência Carta Maior, o deputado estadual da Assembléia Legislativa de São Paulo José Caldini Crespo (PFL), acusa o PSDB de ser um "partido prepotente que não gosta de dividir o poder" e que reluta em aceitar o PFL como parceiro político. Crespo foi mais incisivo nas críticas ao revelar que "houve corrupção no governo Alckmin".

Os atritos entre PFL e PSDB tiveram mais faíscas no recente episódio dos ataques do PCC no estado de São Paulo. O governador Cláudio Lembo (pefelista) criticou a falta de solidariedade dos tucanos diante dos acontecimentos.

José Caldini Crespo, que preside a Comissão de Finanças e Orçamento da Assembléia Legislativa de São Paulo, é autor de requerimento para instalar uma CPI com o objetivo de apurar denúncias de corrupção desde o governo de Mário Covas até o de Geraldo Alckmin.

O objetivo da CPI seria ajudar o Ministério Público na investigação de 973 contratos irregulares firmados com a administração entre 1997 e 2005. Todos os contratos foram considerados irregulares pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). Crespo acredita que o prejuízo causado aos cofres do estado seria superior a R$ 2 bilhões.

Entre as empresas com contratos irregulares estão a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Metrô (Companhia do Metropolitano), Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), Desenvolvimento Rodoviário (Dersa), Companhia de Saneamento Básico (Sabesp) e Banco Nossa Caixa (NCNB).

Crespo diz que o PSDB barrou todos os pedidos de instalação de CPI por causa da "prepotência de boa-fé" dos tucanos: "Estão no governo a tanto tempo, que se consideram acima de qualquer suspeita. Isso não é verdade. Eles não são melhores que nenhum partido. Sou autor de uma dessas solicitações de CPI. Ela deve ser instalada, doa a quem doer, porque se ela for leviana, a sociedade e a mídia vão perceber, então a própria CPI será condenada".

E acrescenta: "Houve corrupção dentro do governo Alckmin. Pelo menos 973 casos garanto que teve, porque foram os que eu analisei. Agora, se o governador estava envolvido ou não, por enquanto não posso dizer. Por isso estou pedindo uma CPI".

Ruptura à vista

Crespo afirma na entrevista que as divergências entre PFL e PSDB não estão no campo ideológico e programático, mas queixa-se de que os tucanos não gostam de dividir o poder.

"Quando surgiu um primeiro momento delicado, cadê os tucanos? Sumiram. Covas e Alckmin vinham dizendo que não havia PCC, que era um problema lá do Rio de Janeiro. Se fosse há dez anos atrás, você poderia resolver o problema com menos dificuldades. Esse foi o desabafo do professor Lembo. Quando estávamos ao lado deles, nos desgastando, eles mal agradeceram. Agora que poderiam estar do nosso lado, eles desapareceram. Nem telefonema deram. Se os tucanos não tomarem um banho de humildade, a ferida vai aumentar e um dia poderá haver uma ruptura".

O pefelista acusa "tucanos xiitas" de verem os políticos do PFL como coadjuvantes. "Somos parceiros do mesmo nível, ou seja, quando as circunstâncias ensejam o PFL ser presidente da Assembléia, eles deveriam ter aceitado isso. Eu votei cinco vezes em candidatos tucanos para presidente da Assembléia. Por que um parceiro não poderia ser o presidente? É uma parceria que vai mal", avalia Crespo.

Perguntado se houve acordo entre o PT e o PFL para eleição de Rodrigo Garcia para a presidência da Assembléia Legislativa de São Paulo, Crespo diz que não, que os dois partidos sempre foram inimigos. "Nós continuamos adversários, mas soubemos nos unir para evitar o mal maior na ocasião, que seria a eleição do Edson Aparecido (PSDB)", disse.

Eleições presidenciais

Crespo descartou a possibilidade de o PFL lançar candidatura própria à Presidência da República. Confirmou que José Jorge será o vice de Alckmin e reconheceu que a chapa não vai nada bem nas pesquisas. "Ao que tudo indica, vamos perder a eleição presidencial, mas vamos ficar como parceiros. Se o barco afundar, nós vamos afundar junto com Alckmin. Só que a recíproca, infelizmente, não tem sido verdadeira".

Porém, o deputado demostrou que gostaria de ver um candidato do PFL na disputa pelas eleições presidenciais: "Sempre acho que é bom, mas estarei na campanha do Alckmin. Ainda não engoli, até hoje, aquela má-fé do Serra contra a Roseana Sarney. Ela seria hoje a presidente do Brasil, não fossem aquelas atitudes. Ela foi inocentada depois de alguns meses. Agora o Serra será o nosso candidato a governador. Tudo bem, política é como as nuvens do céu, a gente tem que se adaptar a isso. Já engoli esse sapo".

Apesar das críticas, Crespo acredita que a partir de agora o governador Cláudio Lembo vai poder contar com o apoio do PSDB. "Sem o PFL, o PSDB não teria ganhado nenhuma eleição nos últimos dez anos, e não vai ganhar as próximas. Sem o PFL de vice do Alckmin ou do Serra, nenhum dos dois ganha".

Crespo terminou a entrevista desferindo um ataque à cúpula do PSDB (FHC, Tasso Jereissati e Aécio Neves), que durante os ataques do PCC em São Paulo estavam nos Estados Unidos: "Alguns tucanos, que já não ajudavam antes, deram mais uma demonstração da prepotência nos últimos episódios. Estão indo para Nova York discutir problemas do Brasil. Curioso, né? Esse é o PSDB".
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