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Lembo reforça críticas e ironiza Serra e Alckmin

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20/5/2006 | Atualizado às 8:58

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Com extrema ironia, o governador de São Paulo, Cláudio Lembo, elevou o tom das críticas ao seu antecessor, Geraldo Alckmin, e ao prefeito da capital paulista, José Serra, que só hoje chega ao Brasil após uma viagem aos Estados Unidos. Em entrevista à revista eletrônica Terra Magazine, o governador disse que Serra pode não ter ligado a ele por "problema de amnésia".

"Talvez ele não tenha acesso a meios de comunicação brasileiros, e não viu, não assistiu. Ou não quis eventualmente se envolver em episódio tão amargo e triste. Quis se preservar", criticou, numa referência à decisão do prefeito de permanecer em Nova York enquanto a cidade viva uma guerra patrocinada por facções criminosas.

Na entrevista a Bob Fernandes, Lembo também não dispensou a ironia ao comentar a postura de Alckmin diante da crise. Disse que pagaria uma ligação a cobrar feita pelo pré-candidato à Presidência, se fosse o caso, só para receber apoio do ex-governador. Em entrevista à Folha de S. Paulo, na quinta-feira, o pefelista havia reclamado que o seu antecessor só havia ligado para ele duas vezes desde o início da crise. "O pulso telefônico está caro", ironizou.

O governador paulista voltou a criticar a "burguesia". "Me lembro do Alienista do Machado de Assis, a história famosa de uma aldeia, de uma cidade, onde todos eram considerados loucos pelo farmacêutico e ele internou todos. E no fim eles chegaram à conclusão de que louco era o farmacêutico. Eu sou o farmacêutico. (...) É bom que eles (burguesia) me achem louco porque daí não tem convívio comigo.(...).

Leia trechos da entrevista do governador à revista eletrônica:

"Pergunta - O sr. apanhou por quatro, cinco dias, poderosamente. Qual foi o instante em que decidiu: "bem, vamos abrir a tampa, mostrar o que tem dentro"?
Cláudio Lembo - Eu fiquei muito constrangido com os maus conselhos que recebi (durante a crise da segurança em São Paulo). (...) Diziam: "Você tem que aplicar a lei de talião, ser duro, olho por olho dente por dente". Isso seria uma violência, uma estupidez. (...)

Pergunta - O sr. usou, como adjetivos, "cínicos", "maus", ao referir-se à elite brasileira. De onde...
Lembo - ...à elite econômica, à pequena e alta burguesia. O que você ia me perguntar?

Pergunta - Onde é que o sr. guardava esse sentimento?
Lembo - Na minha consciência profunda, foi uma catarse. (...)

Pergunta - Uma sociedade, pequeníssima parcela, que vive atrás de muros altos, grades...
Lembo - ...viajando ao exterior, trazendo os melhores vestidos.

Pergunta - "Vestidos" talvez não seja uma palavra muito adequada para ser usada neste Palácio (dos Bandeiras, sede do governo)...
Lembo - Eu nunca me equivoco no que eu falo. Sempre penso antes de falar. (...)

Pergunta - O sr. disse que nestes dias o ex-governador Alckmin deu apenas dois telefonemas porque "o pulso telefônico está caro".
Lembo - Muito caro, realmente.

Pergunta - E se o ex-governador ligasse a cobrar?
Lembo - Eu pagaria.

Pergunta - O ex-prefeito Serra, candidato a sucedê-lo, telefonou?
Lembo - Aí pode ser um problema de amnésia, eu compreendo. (...) Eu não sei o que está acontecendo. Talvez ele não tenha acesso a meios de comunicação brasileiros, e não viu, não assistiu. Ou não quis eventualmente se envolver em episódio tão amargo e triste. Quis se preservar. (...)

Pergunta - Que correlação que o sr. faria entre a vida carcerária e a do que chamou de burguesia? Qual é a distância entre esses dois mundos?
Lembo - São mundos tão diversos não? Eventualmente um mundo tem bons advogados e o outro mundo tem maus advogados. (...)

Pergunta - Depois de sua catarse, quem lhe procurou, quem telefonou ao sr.?
Lembo - Ah, mas aí foi interessante. Eu não gosto da dicotomia direita, esquerda, mas aqueles que um dia foram de esquerda me telefonaram. Os da direita foram muito poucos. E os do centro, nenhum (risos). Me lembro do Alienista do Machado de Assis, a história famosa de uma aldeia, de uma cidade, onde todos eram considerados loucos pelo farmacêutico e ele internou todos. E no fim eles chegaram à conclusão de que louco era o farmacêutico. Eu sou o farmacêutico. (...) É bom que eles (burguesia) me achem louco porque daí não tem convívio comigo.(...)

Pergunta - Há quem diga que o sr. agora esta à esquerda da Heloísa Helena (senadora pelo partido de esquerda PSOL)...
Lembo - A Heloísa Helena usa umas camisetas estranhas, coloridas. Eu continuo um pequeno burguês com roupas escuras, soberbas. Bem diferente. (...)

Pergunta - Quando o sr. (...) falou de conhaque de R$ 900 o preço de uma dose, não sei o porquê, vi alguns cardeais do PSDB jantando no restaurante Massimo. Não é lá o conhaque, mas eu estou enganado?
Lembo - Não, eu também vi essa fotografia, que é muito simbólica.

Pergunta - Nessa foto estão o Tasso, o Fernando Henrique, o Serra... (Aécio Neves, governador de Minas Gerais, também estava no retrato) (...) Mas hoje eles estão em Nova York, basicamente.
Lembo - É, e não conheço os restaurantes de Nova York. Só como hambúrguer em Nova York."
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