Tentando melhorar sua posição nas pesquisas no Nordeste, região em que obtém seu menor índice de intenções de voto no país, o ex-governador paulista Geraldo Alckmin, pré-candidato do PSDB a presidente da República, estará hoje no município pernambucano de Caruaru.
Ontem, em Porto de Galinhas (PE), ele voltou a atacar duramente o presidente Lula em entrevista coletiva. Disse que um segundo mandato de Lula poderia ser "um pesadelo": "Já temos um governo fraco, que está em fim de mandato desde o ano passado. Um segundo mandato com o PT pode ser ainda mais complicado. Com a base menor, o PT mais enfraquecido, sem projeto, é preocupante, podemos ter um pesadelo pela frente".
Para Alckmin, Lula "se comporta como um comentarista, como se o governo federal não tivesse responsabilidade em relação ao adolescente infrator". Foi uma referência às declarações do atual presidente de que "os jovens precisam de educação, não de Febem".
"É fácil ser comentarista, mas é bom trabalhar um pouco", rebateu o ex-governador de São Paulo. Alckmin também criticou a decisão do governo de liberar recursos por medida provisória, em razão do atraso na aprovação do orçamento federal de 2006 no Congresso: "O PT tem maioria para absolver mensaleiro, mas não para votar o orçamento".