O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse não temer a abertura de uma CPI pela Assembléia Legislativa do estado para investigar supostas irregularidades no direcionamento de recursos de publicidade do banco estatal Nossa Caixa em favor de seus aliados políticos. O candidato tucano ao Planalto afirmou que o banco já tomou todas medidas de investigação.
"Foi ela (a Nossa Caixa) quem comunicou ao Tribunal de Contas, abriu a sindicância, apurou, puniu. Não tem nenhum problema que a Assembléia investigue, chame as pessoas, abra CPI. O governo é totalmente transparente", disse Alckmin.
Uma reportagem publicada domingo pela Folha de S.Paulo mostra que o dinheiro de publicidade do banco Nossa Caixa foi usado em jornais, revistas e programas mantidos ou indicados pelos deputados estaduais Wagner Salustiano (PSDB), 'Bispo Gê' (PTB), Afanázio Jazadji (PFL), Vaz de Lima (PSDB) e Edson Ferrarini (PTB). Mensagens eletrônicas indicam que as ordens foram dadas pelo então assessor especial de Comunicação de Alckmin, Roger Ferreira, que pediu demissão ontem, para não prejudicar a campanha de Alckmin.
O governador aceitou o pedido do assessor. E afirmou: "Roger não precisava ter saído. Não tenho nenhum problema com assessor. Ele tomou essa decisão e eu aceitei o pedido. Ele fez um bom trabalho na Comunicação. Aproveitou bem os recursos que ele tinha."
Alckmin admitiu o erro, mas ressaltou que ele não acarretou prejuízos para o estado. "Houve um erro, mas não teve prejuízo para a população porque foi um erro formal, que já foi reconhecido e foi suspenso o contrato."