O deputado José Mentor (PT-SP) criticou a publicação de "notícias requentadas e já desmentidas" na imprensa, justamente, na semana em que o Conselho de Ética da Câmara vota seu futuro como parlamentar. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo , o deputado declarou: "É uma coincidência triste que isso ocorra quando meu nome é levado ao Conselho de Ética".
Nesta próxima quinta, o Conselho de Ética vota parecer do deputado Edmar Moreira (PFL-MG) sobre processo de cassação de José Mentor. "Antes era o Toninho da Barcelona que falava que eu movimentava conta no exterior para o PT, agora me colocam até um assessor, esse senhor Bertholdo", disse Mentor.
De acordo com o petista, o advogado Roberto Bertholdo só acompanhou sessões da CPI do Banestado em Curitiba e em São José do Rio Preto, porque assessorava o PTB e o PMDB. "O fato de ele citar meu nome em gravações não significa nada. Eu mesmo sou testemunha de acusação em um processo na Justiça Federal contra ele", declarou.
Mentor também afirmou ser fácil explicar as razões para que o dono do banco Integracion, Luiz Antônio Scarpin, não aparecesse no relatório final da CPI do Banestado. "Nenhum banqueiro, doleiro ou qualquer outra pessoas que já sofresse algum tipo de indiciamento, denúncia ou condenação pelos crimes investigados pela CPI entrou no relatório final. Se eles já sofriam ações, não era lógico relacioná-los para depois enviar esses nomes ao Ministério Público Federal, que já tinha ações contra eles."