Em depoimento iniciado há pouco na Sub-Relatoria de Fundos de Pensão da CPI dos Correios, Alex Nawa, sócio da NK Prestação de Serviço Sociedade Simples Ltda, afirmou que desconhece as atividades da empresa, da qual é dono de 1% do capital social. Segundo Nawa, ele aceitou participar da empresa para prestar um favor ao sócio majoritário, Ricardo Nakatsu.
O sub-relator, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA), disse que a intenção da CPI era ouvir o próprio Nakatsu, que estaria internado em estado de coma em um hospital em São Paulo.
ACM Neto afirmou que a NK está sendo investigada porque apareceu com uma movimentação de R$ 50 milhões na quebra de sigilo da corretora Quantia. Em depoimento na sub-relatoria, os sócios dessa corretora informaram que uma comissão de R$ 19 milhões que a Quantia recebeu em negociações com títulos públicos federais do Nucleos (fundo de pensão dos funcionários da Eletronuclear) foi quase que integralmente repassada à NK. A corretora Quantia teria ficado com apenas cerca de 10 a 15% desse valor.
Nawa se limitou a informar que a NK fazia intermediação de negócios, mas está paralisada em decorrência da enfermidade do sócio majoritário. O depoente disse ainda que a empresa não tem nenhum funcionário. "É de se estranhar, porque a movimentação da NK é muito grande", rebateu ACM Neto.
O depoimento prossegue na sala 7 da ala Alexandre Costa, no Senado.