As testemunhas de defesa arroladas pelo
Josias Gomes (PT-BA), acusado de ter recebido R$ 100 mil reais do valerioduto, cumpriram hoje seu papel, e defenderam incondicionalmente o deputado baiano. Em depoimento ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara, tanto o deputado estadual pelo PT baiano Paulo Rangel de Lima quanto o advogado Mauro Geosvaldo Ferreira Silva negaram ter qualquer conhecimento de enriquecimento ilícito pelo deputado.
Rangel disse, em seu depoimento, que acompanhou toda a vida pública de Josias, mas não notou jamais qualquer aumento de patrimônio incompatível com a remuneração paga a um deputado federal. Mauro Geosvaldo Silva acrescentou, quando depôs, que nunca tomou conhecimento de qualquer deslize cometido por Josias. Disse apenas ter conhecimento de uma casa comprada por financiamento pelo deputado em Itabuna (BA) e de dois veículos.
O relator do processo de
Josias Gomes no conselho, deputado Antônio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP), quis saber do advogado Mauro Geosvaldo Silva por que somente um dos três candidatos que, segundo a defesa, receberam os recursos repassados por Josias, foi arrolado como testemunha. O advogado disse que isso se deu devido às dificuldades de deslocamento dos candidatos até Brasília, e lembrou que eles já fizeram declarações anexadas aos autos do processo.
A reunião do Conselho de Ética se encerrou há pouco.