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Congresso em Foco
24/10/2007 | Atualizado às 23:20
É com um pé atrás que os tucanos se sentam à mesa com o governo hoje (25) para almoçar o debate sobre a renovação da CPMF. Criadores do tributo bilionário e com expectativa de um de seus governadores assumir o Planalto em janeiro de 2011, os senadores do PSDB avaliam que extinguir a contribuição, pura e simplesmente, não é o melhor caminho.
Podem ainda conseguir uma desoneração de impostos e – por incrível que pareça – o compromisso do governo de reduzir o tamanho do Estado. A negociação acontece após um temor expressado pelos deputados tucanos de que os colegas do Senado teriam traído a bancada da Câmara.
Apesar dessas expectativas, o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), se mantém cético para o encontro desta quinta-feira com o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Na mesa, os tucanos expuseram seis pontos de discussão, como redução da carga tributária e da alíquota da CPMF. “Não creio que eles possam responder de maneira substantiva. Prefiro não me decepcionar. Prefiro esperar pelo pior”, afirmou Virgílio ao Congresso em Foco na noite de ontem (24).
Participarão do encontro com Mantega o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), e o presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), o petista Aloizio Mercadante (SP), e os tucanos Tasso Jereissati (CE) e Sérgio Guerra (PE), o atual e o futuro presidente do PSDB, respectivamente.
Virgílio lembra que os pontos levantados pelo partido não são uma camisa-de-força. “Vamos para uma tentativa de negociação. Vamos ver o que eles têm a dizer. A maioria dos senadores acha que eles vão frustrar nossa boa-fé”, avalia o tucano.
Jucá diz ser importante o canal de negociação. Mas ressalta: “Eles estão abertos, mas não tem nada definido”. O senador diz que até a semana que vem as contrapropostas do governo às reivindicações do PSDB e de outros parlamentares estarão fechadas. Ainda na manhã de hoje, Jucá pretende fechar com o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Marco Maciel (DEM-PE), e os líderes partidários o cronograma de audiências públicas da CPMF.
Jucá afasta as especulações de que o governo já teria os 49 votos necessários para renovar o tributo, alimentadas ontem pelo ministro das Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia. “Não é hora de contar, é hora de trabalhar.”
Extinção abrupta
A senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO) assegura que a maioria da bancada defende que a CPMF não pode ser extinta de forma abrupta. “Grande parte dos senadores já foi governo. Não nos comprometemos a votar a favor, mas estamos na fase de seleção de propostas”, diz.
Jucá acrescenta o fato de que os governadores tucanos de São Paulo, José Serra, e de Minas Gerais, Aécio Neves, são fortes candidatos à sucessão de Lula, o que motivaria o PSDB a bancar a prorrogação da CPMF. “O PSDB já foi governo e pode ser governo de novo”, afirma o senador do PMDB, que também foi tucano e líder do governo durante a gestão de Fernando Henrique Cardoso.
Ex-governador mineiro, o tucano Eduardo Azeredo confirma que a experiência nos executivos estaduais a e a influência de Serra e Aécio pesarão na decisão dos senadores. “O
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