Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
30/5/2007 | Atualizado às 16:26
O Governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT), negou hoje (30), ter recebido R$ 240 mil de propina da construtora Gautama, acusada pela Polícia Federal de chefiar a máfia das obras.
Após depor à ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Eliana Calmon, por volta das 15h, ele afirmou ter “uma vida honrada e limpa”. “Tenho apenas um apartamento e uma caminhonete, que pago em 36 vezes”, completou Jackson Lago.
O advogado do governador, José Eduardo Alckmin, acrescentou posteriormente que seu patrimônio também inclui uma casa no valor de R$ 20 mil. Lago disse que o envolvimento de seus sobrinhos Alexandre Maia Lago e Francisco de Paula Lima Júnior com a Gautama foi “profundamente lamentável”. Segundo a PF, foram os dois que intermediaram o repasse dos R$ 240 mil para o governador. O advogado do pedetista disse que os sobrinhos de Lago agiram sem o consentimento dele.
Jackson Lago também afirmou que existem, sim, indícios de irregularidade em seu estado, tanto que mandou abrir uma auditoria para analisar os contratos da Gautama com o seu governo. Um servidor do Tribunal de Contas da União (TCU) estaria encarregado de estruturar uma Controladoria Geral no Maranhão para apurar os fatos.
Documentos
De acordo com o advogado de Lago, durante o depoimento de uma hora e meia, o governador apresentou documentos que comprovariam sua inocência. O inquérito da PF diz que Lago veio a Brasília e ficou hospedado clandestinamente no hotel Kubitschek Plaza, a fim de receber a propina. Entretanto, o governador apresentou à ministra a ficha de hospedagem do hotel, a conta paga por ele, e uma declaração do Kubitscheck Plaza de que esteve regularmente hospedado.
Além disso, na semana passada seus advogados também fizeram representação no Ministério da Justiça contra a suposta clandestinidade do governador relatada pela PF. Eles pedem providências contra os policiais que narraram estes fatos. De acordo com eles, Lago esteve em Brasília em compromissos com o presidente Lula e com o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP).
Alckmin afirmou que o governador ainda apresentará ao STJ extratos bancários, declarações de Imposto de Renda e o carnê de pagamento de sua caminhonete para provar o que disse. O advogado também reiterou que a ministra não recebeu de ninguém, nem da PF nem da Procuradoria Geral da República (PGR), pedido de prisão de Lago. A ministra também teria afirmado que não houve bloqueio das contas bancários do governador do Maranhão.
Outros depoimentos
Antes de Lago, depuseram o governador de Lagoas, Teotônio Vilela Filho (PSDB) (leia mais) e o deputado distrital Pedro Passos (PMDB-DF). O parlamentar não conversou com a imprensa ao sair do tribunal. O próximo depoimento é do ex-procurador geral do Maranhão Ulisses César Martins. (Eduardo Militão)
Temas
DEFESA DA ADVOCACIA
OAB pede reunião urgente com INSS após postagem sobre benefícios
AGENDA DO SENADO
Pauta do Senado tem isenção do IR e proteção a direitos sociais
A revolução dos bichos
Júlia Zanatta diz que galinha pintadinha é "militante do PSOL"
TENTATIVA DE GOLPE
STF começa na sexta a julgar recurso de Bolsonaro contra condenação
SEGURANÇA PÚBLICA
Entenda o projeto de lei antifacção e o que muda no combate ao crime