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Congresso em Foco
21/9/2006 | Atualizado 22/9/2006 às 8:50
O novo coordenador da campanha à reeleição do presidente Lula, Marco Aurélio Garcia, concedeu nessa quinta-feira (21) sua primeira entrevista após assumir o posto. Visivelmente tenso, reconheceu que integrantes do comitê de Lula estão por trás do dossiê que envolveria candidatos do PSDB com a máfia das ambulâncias. Ele afirmou, porém, que o caso não deve interferir no cenário eleitoral.
"Nós repudiamos essa operação que algumas pessoas tentaram levar adiante. O PT não fez nenhuma iniciativa, mas hoje é de caráter público que pessoas (da campanha) estão envolvidas nessa operação. O PT não paga por dossiê, não atua nessa direção. As pessoas que fizeram isso foi à revelia do partido e trouxeram prejuízos extraordinários do ponto de vista político", disse.
Marco Aurélio considerou o dossiê uma "anomalia" e disse que o eleitor brasileiro tem maturidade o suficiente para não deixar que o episódio influencie na hora do voto. O coordenador fez questão também de isentar seu antecessor na coordenação, o presidente do PT, Ricardo Berzoini, de ligação com a tentativa de compra do dossiê.
"O Berzoini saiu porque seria muito difícil compatibilizar a coordenação da campanha com os acontecimentos dos últimos dias. Ele continua na presidência do PT e tem não só o meu apreço coletivo, como pessoal e isso se refletirá no dia primeiro de outubro quando vou votar nele para deputado federal", disse.
O presidente do partido foi afastado ontem da coordenação da campanha, acusado de saber que pessoas ligadas ao PT tentaram negociar a publicação do dossiê na revista Época. Ele admitiu que fora informado de um encontro de petistas com um repórter da publicação, mas negou conhecer o assunto que seria tratado.
Garcia disse que, mesmo com as denúncias sobre o "dossiê tucano", aposta na vitória de Lula ainda no primeiro turno. Segundo ele, a campanha vai se concentrar nas regiões Sul e Centro-Sul e será encerrada com um grande comício em São Bernardo, no ABC paulista.
O novo coordenador da campanha irritou-se algumas vezes quando perguntado sobre o "dossiê tucano", especialmente sobre a origem dos R$ 1,7 milhão que seriam usados para a compra do material. Garcia se limitou a dizer que cabe à Polícia Federal investigar o caso.
A respeito da declaração do ministro Marco Aurélio
Marco Aurélio Garcia, rebateu a declaração do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Marco Aurélio Mello, de que a denúncia de compra de dossiê contra o tucano José Serra é mais grave do que o caso Watergate, que derrubou Richard Nixon da presidência dos Estados Unidos.
"Acho que é uma opinião em tom muito impressionista e o mínimo que diria é que ela é exagerada para não dizer que ela pode ter conotação partidária. Respeitamos a Justiça Eleitoral e queremos que haja uma isenção muito grande na investigação. Não me parece que caiba a qualquer Poder, menos ainda ao Judiciário, fazer avaliações de caráter qualitativo como essa", disse Garcia
Na visão de Garcia, a oposição não surpreende na tentativa de usar eleitoralmente o caso dossiê. "A oposição está tentando transformar esse episódio em um episódio de grande magnitude. Ela faz seu papel, não vamos questionar isso."
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