Em nota divulgada no início da noite, o banqueiro Daniel Dantas, do banco Opportunity, diz que teve conhecimento de parte dos papéis usados em reportagem da revista Veja do fim de semana, mas garante que não teve acesso aos documentos. Por fim, afirma considerar "inverossímil" o dossiê sobre supostas contas de petistas e autoridades do governo, inclusive o presidente Lula, em paraísos fiscais.
"Tive conhecimento do teor de parte dos papéis que serviram à matéria da revista Veja, mas jamais tive acesso a eles. Manifestei meu descrédito sobre o assunto. Na minha opinião era - e é - inverossímil", diz a nota.
O banqueiro enfatiza no comunicado que não entregou nenhum documento à revista e reconhece apenas a entrevista que concedeu ao colunista Diogo Mainardi em 11 de maio.
"Não entreguei à revista Veja, a nenhum repórter, editor, jornalista ou qualquer funcionário, como também para nenhum outro veículo de comunicação nacional ou internacional, nenhum papel, nenhum arquivo eletrônico, nenhuma informação ou declaração acerca das informações publicadas na citada matéria da revista Veja", afirma Dantas.
O banqueiro reforça ainda que não tem qualquer responsabilidade em relação aos dados utilizados na reportagem da revista. "Concedi, em 11 de maio de 2006, uma entrevista ao colunista Diogo Mainardi. Quanto ao restante das informações colocadas em matéria separada, nada partiu de mim".
PF abre inquérito
A Polícia Federal instaurou hoje inquérito policial para apurar as denúncias feitas na reportagem. De acordo com documento citado pela revista, o diretor-geral da PF, Paulo Lacerda, também teria conta em paraísos fiscais. Lacerda pôs seu sigilo bancário tanto no Brasil quanto no exterior à disposição dos investigadores.