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A pouco menos de nove meses das eleições, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou este sábado para inaugurar a ponte que liga o Brasil ao Peru com pose de candidato à reeleição. Lula recebeu apoio do presidente peruano, Alejandro Toledo, e do governador acreano, o petista Jorge Viana, para se candidatar em outubro.

"Que Deus o abençoe, presidente Lula, que Deus ilumine o seu povo, para que este, se assim o quiser, possa reelegê-lo, porque eu não poderei ser reeleito" disse Toledo, durante a solenidade.

"Estamos lutando para que a gente possa ter o direito de ter o senhor por mais quatro anos. Três anos do presidente Lula podem ser comparados a quatro anos de qualquer governo", sustentou pouco antes de Toledo, o petista Viana, ao dizer que Lula deve ter direito a dois mandatos, como ele teve no Acre.

Mas, em vez de admitir sua candidatura, ele preferiu defender atos do seu governo: o crescimento do poder de compra e da renda da população mais pobre, melhoria da economia.

O presidente, que recebeu um abaixo-assinado das mãos de Viana com apelo de lideranças locais para tentar a reeleição, agradeceu o gesto do governador, mas enfatizou que a reeleição é prioridade para o momento.

"Não está na ordem do dia da minha cabeça a reeleição. Nós temos até junho, quando as convenções partidárias serão realizadas, para decidir. Até junho, e meus adversários podem até ficar com raiva, eu me decido", disse Lula.

O governador do Acre afirmou que o momento agora é de inaugurar as obras e que a questão eleitoral deve ser deixada para depois, seguindo o calendário da Justiça. Lula evitou tocar no tema.

Ainda pela manhã, em visita a um amigo dos tempos de sindicato, Lula recebeu cobranças sobre sua candidatura à reeleição. No encontro com Elpídio Moreira de Sousa, um aposentado tetraplégico que mora na periferia de Rio Branco, Lula ouviu o apelo para que diga logo se vai ou não disputar as eleições.